Esta “Mochila” cresceu

Festival é organizado pelo LAMA

Foto: Miguel Oliveira

É uma “Mochila” «mais robusta, mais madura» e que chega a mais faixas etárias. A segunda edição deste Festival de Teatro para Crianças e Jovens vai acontecer de 3 a 12 de Novembro, em Faro, com espetáculos de teatro, música e também novo circo. 

Em entrevista ao Sul Informação, João de Brito, diretor artístico do LAMA –  Laboratório de Artes e Media do Algarve, que organiza o “Mochila”, falou sobre as novidades da segunda edição.

Este ano, o festival tem «mais espetáculos, mais atividades paralelas» e uma programação «mais interdisciplinar».

«Já não é só o teatro: temos também novo circo, música, uma conversa. Essa “expansão” sempre foi, de resto, um dos nossos objetivos», resumiu João de Brito.

O diretor artístico do LAMA realça ainda o facto de os espetáculos falarem de «temas muito importantes, como o direito à habitação, a ecologia e a velhice/solidão».

A edição deste ano arranca a 3 de Novembro, no Teatro Lethes, com o espetáculo “O Valor das pequenas coisas” (sessões às 14h30 para escolas e 19h00 para famílias).

Esta é uma criação do LAMA, «sobre o primeiro confronto de um rapaz abastado com outras formas de ver o mundo».

No mesmo dia, acontece um dos destaques desta edição: a ida do “MOCHILA” à Ilha da Culatra. Lá, Rita Rodrigues vai apresentar o espetáculo “Em busca de um neto” que aborda o tema da solidão, através de uma personagem muito peculiar.

O Espaço Quintalão – uma das novidades da 2ª edição – vai receber, no dia 4, “Histórias Suspensas”, uma proposta de novo circo, da Radar 360º, com direção da coreógrafa Joana Providência.

 

João de Brito

 

O mesmo local será ainda palco para “À Babuja”, do LAMA, no dia 5, e um espetáculo de novo circo com Thorsten Grütjen (Tosta Mista), um artista radicado no Algarve, que mostrará o que é um “T0+1”.

No espaço do DeVIR CAPa, o Teatro Praga apresentará, dia 5, “MACBAD”, numa  incursão pela “peça maldita” de Shakespeare.

Dia 6, o Auditório do IPDJ leva à cena “Xamamã”, uma criação para todas as idades da Companhia de Actores e, no Jardim da Alameda João de Deus, será possível assistir a “Australopiteco”, espetáculo da companhia Universo Paralelo que aborda o tema da diferença.

Já no dia 9, a personagem Manuela arranca com “A Grande corrida”, numa criação de Catarina Requeijo. Também nesse dia, e até 10 de Novembro, João de Brito (LAMA Teatro) coordena PUZZLE, um espetáculo criado com a Comunidade Algarvia e que se apresenta na Biblioteca Municipal de Faro.

O festival terminará com música: em primeiro, no dia 11, os “Mão Verde”, projeto de Capicua, Pedro Geraldes, Francisca Cortesão e António Serginho, darão um concerto no Teatro das Figuras e, no dia 12, haverá “Concerto para uma árvore”, de Fernando Mota, que se apresenta no Jardim da Alameda João de Deus.

Também nesse local, e no mesmo dia, João Paulo Santos estreia o espetáculo de novo circo “Une partie de soi”.

Apesar de ser mais direcionado para crianças e jovens, este é um festival «para toda a família», vincou João de Brito.

«Esse é mesmo um dos nossos objetivos: conseguir juntar as famílias. A primeira edição correu muito bem e sentimos que já havia vontade das pessoas para saber o que ia acontecer este ano», acrescentou.

De resto, o Festival “Mochila” vai ainda ocupar diversos espaços da cidade, com a performance Gang das Mochilas. De 3 a 10 de Novembro, este gang, composto por cerca de 50 jovens intérpretes, ocupa a Baixa e o mercado de Faro e ainda o Fórum e a Universidade do Algarve, com pequenas performances coreográficas.

A iniciativa integra também diversas atividades, como oficinas coordenadas por Noiserv e o Lugar Específico, a conversa “Que bagagem levamos às costas para encarar o futuro?”, com mediadores culturais, professores e estudantes, e a exibição do filme “The Kid / O Garoto de Charlot”, de Charles Chaplin.

A programação completa pode ser consultada aqui. 

 

 



Comentários

pub