Compromissos eleitorais da CDU têm construção do Hospital Central e fim das portagens na A22

Sessão pública que teve lugar esta segunda-feira, 22 de Dezembro, no TEMPO – Teatro Municipal de Portimão

«O futuro do Algarve constrói-se com melhores salários, serviços públicos, diversificação da atividade económica, direito à habitação e ao transporte, proteção do meio ambiente. Não pode ser só um bom local para turistas. Precisa de ter condições para quem cá vive e trabalha», destacou a cabeça de lista da CDU pelo Algarve às Eleições Legislativas de 30 de Janeiro.

Catarina Marques apontava as prioridades do compromisso eleitoral da CDU para o Algarve, numa sessão pública que teve lugar esta segunda-feira, 22 de Dezembro, no TEMPO – Teatro Municipal de Portimão, e que contou com a presença de João Dias, deputado do PCP na Assembleia da República.

A candidata destacou do compromisso eleitoral apresentado pela CDU as propostas quanto aos salários, com «um aumento geral dos ordenados (público e privado), incluindo do salário mínimo nacional para 850 euros, a curto prazo, fixando o seu valor em 800 euros em 2022», bem como «combater a precariedade e valorizar carreiras e profissões».

 

 

Destacou ainda a gratuitidade das creches para todas as crianças e a criação de uma rede pública, alargando em 100 mil o número de vagas. Também a promoção da actualização anual de todas as pensões com um valor mínimo de 10 euros,  repondo o poder de compra, incluindo das que estiveram congeladas, é um dos objetivos.

Na saúde, a candidata realçou que o partido pretende «fixar e aumentar os profissionais de saúde no Serviço Nacional de Saúde (SNS), através da opção de dedicação exclusiva dos médicos e enfermeiros, combater o assalto dos grupos económicos privados ao SNS, investir nos cuidados de saúde primários e na construção do novo Hospital Central do Algarve e de novas instalações para o Hospital de Lagos».

A candidata quer também «combater a carência de professores, vinculando aqueles que têm três ou mais anos de tempo de serviço, reduzir o número de alunos por turma para um máximo de 19 no 1º ciclo do ensino básico e até 22 no secundário». No que toca à habitação, Catarina Marques pretende «combater a especulação, regular preços e assegurar estabilidade nos contratos de arrendamento por um período mínimo de 10 anos para novos contratos (por vontade do inquilino) e aumentar a oferta pública de habitação».

«Alargar a oferta de transportes (rodoviário e ferroviário), fixar a progressiva gratuitidade dos transportes públicos (até aos 18 anos já em 2022), requalificar a Estrada Nacional 125 e pôr fim às portagens na Via do Infante» são outras das propostas que destacou durante a sua intervenção.

 

 

Quanto ao ambiente, pretende «defender a água pública, promover a produção local e regional, cuidar da floresta e prevenir incêndios, valorizar as zonas protegidas» e, na economia, «diversificar a atividade económica, apostar no aparelho produtivo como as pescas, agricultura e indústria e diversificar os mercados turísticos e combater a sazonalidade».

Já João Dias, durante a sua intervenção, deu conta do trabalho feito pelo Grupo Parlamentar do PCP, nestes últimos dois anos em que o Algarve não contou com nenhum deputado eleito pela CDU.

«Uma intensa intervenção política na região algarvia que abrangeu, entre outros exemplos, a defesa do Serviço Nacional de Saúde e da Escola Pública, na luta contra as portagens na Via do Infante e na exigência da requalificação da Estrada Nacional 125, na defesa do direito a produzir e viver na Ria Formosa, na exigência de respostas aos impactos da epidemia, na promoção do aparelho produtivo regional ou na ativa solidariedade com a luta dos trabalhadores», realça o partido.

 



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