Museu de Lagos Dr. José Formosinho reabre ao público a 27 de Outubro

Em breve terão início, do outro lado da rua, as obras do núcleo de Arqueologia do museu

O Museu de Lagos Dr. José Formosinho reabre ao público a 27 de outubro, Dia da Cidade, depois de quatro anos fechado para obras profundas de remodelação.

Segundo a Câmara de Lagos, responsável pelas obras, «a intervenção agora concluída permitiu uma nova programação dos conteúdos, a conservação e restauro do acervo e uma valorização da coleção exposta, agora exibida ao público em ambientes museográficos de acordo com conceitos atuais, mas com o máximo respeito pelas ideias originais do patrono e fundador do Museu, Dr. José Formosinho (1888-1960), que promoveu junto da Câmara Municipal de Lagos, a constituição, em 1930, de um Museu Regional».

Assim, no mesmo edifício onde se instalou há quase um século, o museu «reabre agora com melhoramentos substanciais no imóvel e com uma exposição de longa duração onde se exibe um importante conjunto de peças correspondentes ao período posterior a 1460 (ano da morte do Infante D. Henrique) e que vai até ao fim da Guerra Peninsular, conflito bélico em cujos cenários de operações se destacou o Regimento de Infantaria n.º 2, de Lagos, a cuja Irmandade religiosa pertenceu a Igreja de Santo António».

 

Talha e teto pintado da Igreja de Santo António

Esta igreja barroca, Monumento Nacional, integra o percurso do Museu e «beneficiou agora de uma nova iluminação que valoriza a talha dourada, as pinturas em tela, o teto pintado em perspetiva e a imagem do Santo Patrono da Irmandade».

No interior do Museu, algumas peças notáveis do seu acervo ganham agora o merecido destaque e contextualização histórica e artística, por meio de textos acessíveis, grafismos e aplicações multimédia.

Complementa um percurso cronológico a exibição de Coleções Especiais, constituídas pelo fundador do Museu e enriquecidas por inúmeras doações das gentes de Lagos – um Gabinete de Curiosidades, uma secção de pintura Naturalista dos séculos XIX e XX e uma secção dedicada às chamadas indústrias artesanais ou caseiras, com um notável conjunto de objetos, resultado de saberes transmitidos usualmente no seio da família mas que foram também alvo de inovação no ensino formal entre a I República e o Estado Novo.

A remodelação completa do Museu de Lagos foi feita no âmbito do Programa Operacional CRESC Algarve 2020, numa candidatura com um investimento total no valor de 3.421.845.49 euros, beneficiando de um financiamento de 60% do FEDER.

A Câmara de Lagos anuncia ainda que, «muito em breve», terão início as obras de ampliação do Museu de Lagos Dr. José Formosinho para o edifício fronteiro, onde funcionou a antiga esquadra da PSP, «para ali instalar as coleções correspondentes ao período que vai até 1460, de caráter predominantemente arqueológico».

 

Fotos: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

 



Comentários

pub