David Santos admite derrota do PSD no Algarve mas vê «bons sinais» para o futuro

Presidente dos social-democratas a nível regional admite que, em alguns casos, as escolhas «não foram as melhores»

Foto: Elisabete Rodrigues|Sul Informação

«Perdemos! Não atingimos os objetivos a que nos propúnhamos, pelo que este é um mau resultado», admitiu ao Sul Informação David Santos, presidente do PSD/Algarve, esta terça-feira.

O líder dos social-democratas, a nível regional, recusou-se «a transformar uma derrota numa vitória, como alguns fazem» e não hesitou em assumir que o desempenho do seu partido, no Algarve, ficou muito aquém do desejado, «ao contrário do que aconteceu, felizmente, a nível nacional».

Afinal, o PSD perdeu para o PS as Câmaras de Vila Real de Santo António e de Monchique, onde os presidentes em exercício não se candidataram.

Nestes, como nos concelhos onde o PSD perdeu mandatos, em relação a 2017, David Santos admite que «provavelmente as nossas escolhas não foram as melhores».

Ainda assim, houve pontos positivos e «bons sinais para o futuro», em alguns dos concelhos.

«Em Tavira, obtivemos um grande resultado, apesar de não termos conseguido vencer. Ficámos a 123 votos do PS e temos mais 22 eleitos do que há quatro anos», entre os quais mais um vereador e um presidente de junta, salientou.

Além desta luta muito renhida, cujo aspeto mais palpável foi a conquista da Junta de Freguesia de Cachopo aos socialistas, o PSD também «reforçou a posição em alguns concelhos importantes».

David Santos realçou os vereadores ganhos em São Brás de Alportel e Alcoutim, mas também o resultado obtido «em Portimão, onde acabámos por reforçar a nossa posição, pois em 2017 fomos coligados com o CDS-PP».

Afinal, estes três concelhos «estão entre os sete – cinco do PS, um da CDU e um do PSD – em que os presidentes estão a atingir o limite de mandatos consecutivos», pelo que, daqui a quatro anos, «haverá uma janela de oportunidade».

«Também em Vila do Bispo acabou por ser melhor do que antecipávamos, apesar de termos começado tarde», disse.

Agora, diz David Santos, há que «começar a preparar desde já as Eleições Autárquicas de 2025».

No entanto, esse trabalho terá de ser liderado por outro, uma vez que David Santos está a chegar ao final do seu terceiro mandato enquanto presidente do PSD Algarve e já não se pode recandidatar.

«Hão-de vir caras novas, que têm de começar a trabalhar desde logo», acredita.

 

 



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