O MotoGP vai estar de regresso ao Autódromo Internacional do Algarve de 5 a 7 de Novembro e, muito provavelmente, também na Primavera de 2022. A revelação foi feita por Carmelo Ezpeleta Peidro, diretor-geral da Dorna, que promove o campeonato, durante a apresentação, esta terça-feira, 30 de Agosto, do Grande Prémio do Algarve, a penúltima ronda do Mundial deste ano.
Para o Grande Prémio de Novembro, a que o Algarve dará nome, a expetativa é grande e por várias razões: seja porque Miguel Oliveira vai correr pela primeira vez com público, em Portugal, numa corrida do MotoGP, seja pelo retorno esperado de 40 milhões de euros e pelo impacto mediático que a prova terá.
João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve, olha principalmente para este ponto e considera esta «uma prova importantíssima pela capacidade de atrair público para a região na época baixa» e «uma porta para a promoção da região».
Desta vez, o Autódromo Internacional do Algarve vai estar de portas abertas para receber o público, algo que não aconteceu em Novembro do ano passado, quando Miguel Oliveira subiu ao lugar mais alto do pódio, ou em Abril.
Paulo Pinheiro, CEO do Autódromo Internacional do Algarve, realça este facto, sendo que, além da possibilidade «de ver aqui o Miguel Oliveira a lutar pela vitória», esta será também «uma das últimas corridas de Valentino Rossi». Para o responsável, «será único para os portugueses».
Em relação à lotação máxima, será de cerca de 67.500 espectadores, o que equivale a 75% dos lugares disponíveis. «Não queremos ultrapassar os 75% de público, como medida de precaução», devido à pandemia, explicou Paulo Pinheiro.
A procura e venda de bilhetes online, com preços entre os 65 e os 190 euros, está a correr bem, sendo que já esgotada a bancada Sul 2.
Os pilotos veem com bons olhos o regresso deste «ingrediente especial», como lhe chamou Miguel Oliveira. «Os pilotos gostam de ter o calor dos fãs» e queremos «brindar o público com um grande espetáculo». No seu caso particular, o objetivo passará mesmo por uma vitória.
«Espero que a corrida seja mais risonha do que foi em Abril. Espero um grande resultado», garantiu.
Para Isilda Gomes, seja qual for o resultado de Miguel Oliveira, em Novembro deste ano, o atleta merecerá um aplauso.
«Sofri muito no dia em que ganhou, porque, ao olhar para a bancada, estava vazia. Pensei que pena foi o Miguel Oliveira não ter tido aquela bancada cheia a aplaudi-lo. Por isso, quer ganhes, quer não ganhes, devemos-te esse aplauso», disse, na conferência de imprensa desta terça-feira.
Quem também está a “bater palmas” de contente, para a autarca de Portimão, é João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve.
«Falei com hoteleiros que pensavam em fechar os hotéis em Outubro, mas agora não o vão fazer por causa do MotoGP. Isto significa que o emprego será prolongado até Novembro, depois virá o Natal e a Passagem de Ano. Esta corrida é um upgrade do Verão», considerou.
Isilda Gomes expressou ainda um desejo que não demorou muito para se concretizar.
É que, depois de ter apelado a que «o Grande Prémio do Algarve ou de Portugal passe a fazer parte do calendário do MotoGP, também fora do período de pandemia», Carmelo Ezpeleta Peidro, por videochamada, revelou que isso está muito perto de acontecer.
O diretor-geral da Dorna adiantou que «há acordo» e que «para o ano, o Grande Prémio de Portugal será em Portimão, provavelmente na Primavera, em Abril. Estou seguro de que o Grande Prémio do Algarve e o Grande Prémio de Portugal, nos próximos anos, serão êxitos grandes», até porque o Autódromo Internacional do Algarve «é um circuito fantástico».
Apesar da certeza dada por Carmelo Ezpeleta Peidro, Paulo Pinheiro não confirmou a 100% que, em 2022, haverá MotoGP em Portimão, uma vez que «faltam ainda alguns detalhes». Mesmo assim, admite, «ao entrarmos de forma permanente, o objetivo é ter um contrato para três a cinco anos», algo que ainda não foi assinado.
Certo, certo é o Grande Prémio do Algarve de 5 a 7 de Novembro e é aí que o responsável pelo circuito diz ter o «foco» em proporcionar um «evento único».
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