ALGAR justifica atrasos na recolha de recicláveis com falta de pessoal e com a pandemia

A empresa, contactada pelo Sul Informação, respondeu às críticas feitas pela Câmara de Lagoa

A ALGAR admite que tem havido «constrangimentos» na recolha dos resíduos recicláveis em ecopontos de Lagoa, bem como em outros locais do Algarve, justificando que isso, por um lado, à falta de mão-de-obra, e, por outro, a faltas motivadas pela Covid-119.

Contactada pelo Sul Informação, na sequência de uma denúncia da Câmara de Lagoa, a ALGAR admitiu que, apesar de «todo o planeamento operacional, para o período de época alta», há constrangimentos, motivados pelo «aumento considerável da população durante o Verão na região o que gera o crescimento exponencial da produção de resíduos».

Estas dificuldades devem-se à «insuficiência de colaboradores, especialmente motoristas, face ao número que seria desejado para garantir as equipas necessárias para a produção de embalagens recicláveis no pedido de época alta».

«Esta situação ocorre sobretudo pela diversidade e dinamismo do mercado de trabalho na região do Algarve, que dificulta a retenção deste tipo de função especializada e que acaba por ser aliciada para os setores do turismo, hotelaria, restauração e construção civil», diz a empresa multimunicipal de gestão de resíduos do Algarve.

Outra questão que está a afetar a operação é a «paragem esporádica de equipas», devido à «necessidade de realizar isolamentos profiláticos no âmbito da prevenção da pandemia».

Para tentar resolver a situação, a empresa diz estar a investir, não só, na «contratação de mão-de-obra temporária para reforço da Atividade de Recolha Seletiva, nos meses de Maio a Outubro», mas também a contratar «equipas de recolha seletiva para o quadro de pessoal» e «prestadores de serviços externos para o reforço da atividade de recolha de ecopontos e dos materiais depositados na envolvente dos equipamentos, entre Junho e Setembro».

Paralelamente está a ser feito o «reforço de contentorização em locais identificados com maior potencial para produção de embalagens recicláveis», algo que, diz a ALGAR, já está a ser feito, através da colocação de ecopontos em várias localizações novas.

Também da parte de Lagoa tem havido «um forte investimento que tem sido feito na instalação de novas ilhas ecológicas por parte do Município».

A ALGAR faz seu o apelo que já tinha sido feito pela Câmara lagoense «para que sempre que identifiquem algum ecoponto ou ilha ecológica cheia, possam transportar os seus resíduos até ao próximo ponto de recolha que esteja disponível, evitando-se, assim, acumulações indesejadas».

«Poderão também os munícipes contactar desde logo a própria ALGAR, informando que em determinada localização ecoponto está cheio, ajudando assim a que aquela entidade organize os circuitos com vista à sua rápida recolha. Esse contacto poderá ser realizada para os números 289 894 480 / 800 203 251 (Linha Verde), ou para o email [email protected]», disse a Câmara, na nota que enviou às redações, onde reprovava «veementemente» os atrasos na recolha de resíduos recicláveis, da responsabilidade da empresa ALGAR, que se têm vindo a sentir neste concelho este Verão.

Esta é, de resto, uma situação que tem sido denunciada ao Sul Informação por cidadãos de diversos pontos do Algarve.

 

 

 



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