Câmara de Lagoa reprova «veementemente» falta de capacidade da ALGAR para recolher recicláveis

Serviços da autarquia lagoense têm ajudado na recolha, mesmo não sendo da sua responsabilidade

Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

Contentores para plásticos, vidros ou papel a transbordar, com garrafas e demais resíduos espalhados pelo chão ou em sacos amontoados à volta. Este é o cenário atual no concelho de Lagoa – e em muitos outros pontos do Algarve – junto aos contentores para resíduos recicláveis, cuja recolha é da responsabilidade da ALGAR, empresa onde a maioria do capital é privado e cuja prestação desse serviço resulta de uma concessão do Estado Português desde os anos 90.

A Câmara Municipal de Lagoa, perante os protestos que tem recebido, de munícipes e turistas, salienta que a ALGAR «não é uma empresa contratada por esta Câmara», não tendo a autarquia, «infelizmente, qualquer poder na gestão/organização» dos seus serviços de recolha.

O Município, em nota enviada às redações, esclarece que, «face ao significativo aumento nas quantidades de resíduos produzidos no concelho nestas últimas semanas, apesar do forte investimento que tem sido feito na instalação de novas ilhas ecológicas por parte do Município e de novos ecopontos de superfície por parte da ALGAR», constata-se que essa empresa «não tem tido capacidade para recolher diariamente os ecopontos que vão ficando cheios, originando situações indesejáveis e que reprovamos veementemente».

Os Serviços deste Município, «numa ótica de colaboração com a ALGAR, acompanham/monitorizam diariamente o estado de enchimento de todos os ecopontos existentes no concelho, reportando, também diariamente, essa informação à ALGAR, com o objetivo de ajudar a uma melhor organização dos seus circuitos de recolha e de evitar que os ecopontos estejam cheio», de modo a que «sejam recolhidos com a frequência necessária a garantir que o concelho se mantenha limpo e com a qualidade que se pretende».

Infelizmente, acrescenta a Câmara de Lagoa, «a ALGAR não tem conseguido dar a resposta necessária e temos assistido a inúmeras situações em que nos deparamos com ecopontos e ilhas ecológicas completamente cheias e com resíduos na sua envolvente».

Para minimizar essa situação, o Serviço de Limpeza desta Câmara lagoense «afetou parte das suas equipas (com os custos inerentes para o erário público e num serviço que não nos compete), à recolha e limpeza dos resíduos recicláveis que se vão acumulando no exterior, de forma a que pelo menos o espaço exterior envolvente aos ecopontos esteja minimamente limpo e sem resíduos».

Mas o Município de Lagoa pede também «a colaboração de todos os nossos munícipes, para que, sempre que identifiquem algum ecoponto ou ilha ecológica cheia, possam transportar os seus resíduos até ao próximo ponto de recolha que esteja disponível, evitando-se, assim, acumulações indesejadas».
Poderão também os munícipes contactar desde logo a própria ALGAR, informando que, em determinada localização ecoponto está cheio, ajudando assim a que aquela entidade organize os circuitos com vista à sua rápida recolha.

Esse contacto poderá ser realizada para os números 289 894 480 / 800 203 251 (Linha Verde), ou para o email [email protected] .

Por outro lado, a Câmara Municipal apela ainda «a que todos os produtores Não-Domésticos (restaurantes, bares, supermercados, etc…), possam aderir ao serviço gratuito da Algarlinha (800 915 331), o qual recolhe os resíduos recicláveis diretamente no local de produção, evitando-se, assim, a colocação desses resíduos recicláveis nos ecopontos ou nas ilhas ecológicas, ficando esses equipamentos mais disponíveis para que os produtores domésticos ali possam colocar os seus resíduos».

 

 



Comentários

pub