CMRSul volta a pedir acreditação internacional que perdeu em 2014

Processo passará mais pela parte administrativa, porque o centro nunca deixou de cumprir as boas práticas exigidas, garante o diretor do CMRSul

CMRSul – Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação

O Centro Hospitalar Universitário do Algarve já iniciou o processo de certificação de qualidade do Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul (CMRSul), em São Brás de Alportel, que devolverá a esta unidade de saúde uma acreditação internacional que perdeu em 2014.

Com o centro a funcionar, novamente, em pleno, ainda que com parte das camas destinadas ao acolhimento de doentes com sequelas da Covid-19, já é possível voltar a pedir esta acreditação com que o CMRSul contou durante muitos anos, tendo sido, inclusivamente, a primeira unidade no Sul da Europa a obtê-la.

No dia em que foi oficialmente inaugurada a valência destinada a ex-doentes Covid-19, Ana Castro, presidente do Conselho de Administração do CHUA,revelou que o objetivo da sua equipa era ter o centro «na capacidade máxima», para «podermos voltar a acreditar o centro, como já o foi em tempos».

«Esta acreditação é um processo de qualidade. Há uma série de procedimentos que têm de ser vistos, para saber se estamos dentro daquelas normas exigentes, para poder ter a certificação», explicou esta responsável.

 

Luís Malaia, diretor do CMRSul – Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação

 

Luís Malaia, diretor do CMRSul, garantiu ao Sul Informação que a “bola” está no campo administrativo, porque tudo o resto é já cumprido à risca.

«Para nós, que cá estamos, será rotina, porque, como estivemos acreditados muitos anos, rapidamente conseguimos passar nos procedimentos, porque continuamos a praticá-los no dia a dia», assegurou o médico fisiatra.

«Passa muito pela parte administrativa. Temos de passar tudo, novamente, para o papel. A nossa prática diária não se irá alterar, o que vai mudar é a forma de organização a nível administrativo, que penso que também será um processo fácil», reforçou.

No fundo, trata-se «de mostrar ao mundo a qualidade interna que já temos».

E claro, tem como condição base o CMR Sul estar a trabalhar em pleno, «como irá acontecer a partir de agora».

 

Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação

 

Além de Luís Malaia, também Ana Castro deixou a garantia de que o centro é para manter a funcionar em pleno.

«Esta é capacidade que vai ficar instalada, para o futuro. Nós temos sempre a necessidade de reabilitar doentes, isto é uma reabilitação intensiva, é um programa completamente diferente daquilo que temos ao nível das outras unidades», afirmou.

«Neste momento, vamo-nos focar mais nos doentes Covid, porque é a grande necessidade. Mas vamos manter esta capacidade sempre, para as outras reabilitações, decorrentes de outras patologias, como são as vertebro-medulares, os AVC e outras, porque esta capacidade faz falta, quer a nível regional, quer no país», assegurou, ainda, a presidente do Conselho de Administração do CHUA.

O procedimento de acreditação é pago, mas o CHUA conta «com a colaboração da Câmara, que nos irá ajudar a conseguir essa acreditação. Não será, certamente, a questão económica que nos vai impedir de a obter».

Aos jornalistas, Vítor Guerreiro, presidente da Câmara de São Brás de Alportel, revelou que, «nesta primeira fase», a autarquia vai investir «10 mil euros, que serão importantes para devolver a certificação a esta unidade, que é uma referência a nível internacional».

«Desta forma, vimos também dar o nosso reconhecimento ao excelente trabalho que aqui é prestado por todos estes profissionais, ao longo dos anos. Aquilo por que nós lutámos nos últimos sete anos foi para que fosse devolvida a capacidade máxima no tratamento e no internamento nesta unidade. Este centro começou a fechar camas em 2014 e vemos agora, com grande satisfação, que voltou a funcionar em pleno», concluiu o edil sãobrasense.

«Acredito que o processo seja célere, porque temos as condições necessárias», rematou, por seu lado, Ana Castro.

 

 

 



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