As medidas para aumentar a eficiência hídrica no Algarve incluídas no Plano de Recuperação e Resiliência são “uma oportunidade única” para concretizar projetos “há muito aguardados” na região, disse à Lusa o presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL).
Em declarações à Lusa, António Pina considerou que as medidas agora tornadas públicas, algumas “defendidas e apontadas há anos”, são “uma oportunidade única” para concretizar projetos considerados estruturantes para a região.
“São intervenções muito importantes para o território no sentido de esbater e evitar faltas de água, um problema que é cíclico e, cada vez mais, agravado pelas alterações climáticas”, sublinhou o presidente do organismo que congrega os 16 municípios do Algarve.
Mostrando-se convicto de que o Plano Regional de Eficiência Hídrica do Algarve “esteja concretizado até 2026”, o também presidente da Câmara de Olhão lembrou que algumas das medidas contidas no plano advêm de propostas das várias entidades regionais.
“São medidas essenciais para garantir e aumentar a eficiência hídrica no Algarve e, naturalmente, congratulamo-nos com a sua inclusão no Plano de Recuperação e Resiliência”, concluiu.
Colocado na terça-feira em consulta pública pelo Governo, o Plano de Recuperação e Resiliência destina uma verba de 200 milhões de euros para a implementação do Plano Regional de Eficiência Hídrica do Algarve.
De acordo com o documento, as medidas complementares e articuladas visam assegurar a resiliência necessária aos efeitos das alterações climáticas: cerca de 40% dos projetos visam aumentar a eficiência hídrica, 34% melhorar os processos de adaptação à seca, 15% contribuir para objetivos ambientais e 11% para melhorar a articulação.
Nesse sentido, vão ser implementados planos para reduzir as perdas de água no setor urbano, aumentar a eficiência no setor agrícola, aumentar a capacidade disponível das albufeiras, promover a utilização da água residual tratada e a dessalinização da água do mar.
Após a consulta pública, o Plano de Recuperação e Resiliência (PPR) de Portugal tem de ser aprovado pela Comissão Europeia.
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