Covid-19: Algarve tem «feito trabalho extraordinário» no apoio a outras regiões

Secretário de Estado Adjunto e da Saúde realçou que, no futuro, caso seja necessário, a solidariedade demostrada pelo Algarve «será recíproca»

Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

O Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) tem feito um «trabalho inexcedível» no combate à pandemia, nomeadamente ao «ser um dos maiores recetores de doentes de outros pontos do país», disse esta segunda-feira, 1 de Fevereiro, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, numa visita ao Hospital de Faro. 

António Lacerda Sales passou a tarde de hoje na região, onde visitou os hospitais de Faro e de Portimão, bem como o CHUA Arena.

Esta iniciativa, explicou aos jornalistas, em Faro, serviu para «apresentar ao Conselho de Administração do CHUA o agradecimento pelo facto de o Algarve ser um dos maiores recetores de doentes de outros pontos do país».

«Tem sido inexcedível o trabalho do CHUA, em Faro, em Portimão e no hospital de campanha. É um trabalho extraordinário com outros hospitais de outras regiões», considerou.

 

António Lacerda Sales e Ana Castro, presidente do Conselho de Administração do CHUA – Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

 

Além de agradecer também o trabalho «dos profissionais de saúde, que estão na linha da frente», o secretário de Estado Adjunto e da Saúde realçou que, no futuro, caso seja necessário, a solidariedade demostrada pelo Algarve «será recíproca».

Questionado pelos jornalistas sobre os usos indevidos na vacinação, que têm sido notícia um pouco por todo o país, incluindo no Algarve, António Lacerda Sales disse que a «tolerância é zero» para as situações «que são inaceitáveis».

«Quando há desvios ou vacinações que não devem ser dadas, a tolerância é zero. A task force tem dado orientações, tem reforçado orientações, para, que, no caso de doses sobrantes, haja listas suplementares, com critérios de priorização de acordo com o plano de vacinação. Todos os desvios à vacinação serão inadmissíveis e serão investigados. Se for provado, haverá sanções a nível disciplinar e criminal», garantiu o governante.

Apesar destes casos, Lacerda Sales considerou que o «processo de vacinação tem, na generalidade, decorrido bem». Até agora, foram administradas, em todo o país, «mais de 338 mil doses, 58 mil das quais com segunda dose».

 

Paulo Morgado, presidente da ARS/Algarve, António Lacerda Sales e Ana Castro, presidente do Conselho de Administração do CHUA – Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

 

Certo é que a pressão sobre os hospitais de todo o país ainda é grande – e assim continuará por algum tempo -, expressa pelo facto de Portugal ter, em números de hoje, «uma taxa de ocupação na ordem dos 94%, quer em unidades de cuidados intensivos, quer em enfermaria».

Posto isto, o secretário de Estado explicou aos jornalistas que, se for preciso recorrer a mecanismos de solidariedade europeia, enviando doentes para o estrangeiro, eles «serão ativados».

«Por enquanto, ainda estamos a articular planos – a planear, a criar cenários para o pior, mas a esperar o melhor. Os mecanismos estão ativos e estamos a ponderar a necessidade de serem precisos ou não», concluiu.

 

 

 

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