Loulé aprova suspensão do PDM na foz do Almargem e Trafal por mais um ano

Decisão «ganha ainda maior força numa altura em que está em curso o processo de classificação da área envolvente da Foz do Almargem e Trafal como Paisagem Protegida Local»

A Câmara de Loulé aprovou esta quarta-feira, 6 de Janeiro, a suspensão, por mais um ano, do Plano Diretor Municipal (PDM), na área da Foz do Almargem e Trafal, em Quarteira.

Esta medida surge depois de, em Fevereiro de 2019, já ter aprovado, por maioria, esta medida que vigora numa área de cerca de 234 hectares. 

A suspensão do PDM impede a construção de mais um empreendimento turístico, neste caso, o projeto Quinta do Oceano, cuja entidade promotora é o Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado — Invesfundo VII, do grupo Novo Banco.

Segundo a Câmara de Loulé, «a par da valorização de todo o sistema urbano de Quarteira ao evitar uma maior densidade de edificação e ocupação do território, esta medida teve em conta os valores ambientais desta área e a necessidade de proteção dos ecossistemas, em particular as ribeiras do Almargem e do Carcavai e respetivas lagoas, também em sintonia com a Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas».

Numa altura em que o PDM de Loulé se encontra ainda em fase de revisão, a autarquia diz que «mantém firme os propósitos que levaram à adoção destas medidas preventivas», numa decisão que «ganha ainda maior força numa altura em que está em curso o processo de classificação da área envolvente da Foz do Almargem e Trafal como Paisagem Protegida Local».

Esta não é, de resto, a única medida do género tomada pela Câmara de Loulé. Também em Quarteira, a autarquia decidiu suspender o PDM no terreno de 1,3 hectares, onde decorre o mercado semanal de quarta-feira, bem perto da praia.

O objetivo é impedir que sejam construídas mais urbanizações, numa zona onde o betão já é rei e senhor, para avançar, ao invés, com a criação de espaços verdes e de convívio.

 



Comentários

pub