Algarve precisa de «grande mudança» para ser mais resistente às crises

300 milhões de euros que estão a caminho do Algarve serão ajuda

Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação

O Algarve precisa de uma «grande mudança para não voltarmos a passar pelo que estamos a passar». A frase é de Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, que defende que a região precisa de ser «mais resiliente e menos dependente» do Turismo.

A governante, que esteve em Faro para lançar a obra do UAlg Tec Campus, realçou, em declarações aos jornalistas, que «o Algarve é das regiões que mais sofreu com pandemia» e que o «bolo adicional de 300 milhões de euros» do Fundo de Recuperação, especialmente dirigido ao Algarve, traz «uma grande responsabilidade» e será importante para «este processo de mudança que temos de fazer na região».

E, segundo a governante, «vai ter de fazer uma grande mudança. A região precisa de ser mais competitiva resiliente e menos dependente de uma única atividade económica», reforçou.

Ainda assim, sublinhou, «o turismo continuará a ser uma importante atividade económica do Algarve e do país».

Questionada sobre as áreas em que, não só o Algarve, mas o país, precisa de investir, Ana Abrunhosa começou por destacar a habitação. «No Algarve há o Turismo, mas muito do turismo pode transformar-se em habitação. Nós já alterámos a legislação e, agora, o Alojamento Local já pode transformar-se em habitação e temos um problema no país que é o arrendamento».

Além disso, acrescentou, «temos de investir na ciência para resolver os problemas das sociedades. Também a área social e da saúde precisam de grandes investimentos. Somos uma população envelhecida e apostar no envelhecimento ativo e saudável é uma das áreas em que eu acho que é de futuro no Algarve. Quem não gostaria de viver no Algarve? Se gostamos de passar férias, gostaríamos de viver e essa é uma área no Algarve a explorarmos. Para isso precisamos de conhecimento e das universidades e autarquias a trabalhar em conjunto».

Por isso, considera a ministra, «do bolo adicional de 300 milhões de euros que o Algarve vai ter, uma fatia importante tem de ser para a Universidade do Algarve. Se estamos a atribuir à UAlg esta responsabilidade, temos de dar-lhe os meios para desempenhar esse papel, para ajudar a diversificar a base económica da região. Mas isso, não muda de um momento para outro, vai causar dor e demorar tempo», concluiu.

 

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