António Costa anunciou esta terça-feira, 21 de Julho, um «programa específico para a região do Algarve» de 300 milhões de euros para apoiar a economia regional. O primeiro-ministro falava em Bruxelas depois do acordo alcançado pelo Conselho Europeu para um pacote financeiro de retoma da economia pós-Covid-19.
Após dias de impasse, o Conselho Europeu chegou a um acordo, com Portugal a arrecadar, fruto do orçamento da União Europeia (UE) a longo prazo e do Fundo de Recuperação, 45 mil milhões de euros em subsídios, destinando os tais 300 milhões ao Algarve.
Essa dotação adicional, na área da Coesão, tem como objetivo «apoiar a diversificação da economia, melhorar infraestruturas e fazer investimentos necessários no setor da saúde».
António Costa justificou este pacote especial para o Algarve com o facto de a crise que «estamos a atravessar» atingir «particularmente o turismo, o que tem significado um sacrifício muito particular para o Algarve».
A região tem sido, de resto, aquela «onde o desemprego tem subido de forma mais dramática» e o Algarve, «sendo de transição, já há vários anos que tem uma dotação de fundos inferior a outras regiões», justificou.
A nível nacional, Portugal arrecadou um total de 45,1 mil milhões de euros, incluindo 15,3 mil milhões em transferências a fundo perdido. Os outros 29,8 mil milhões dizem respeito a subsídios do orçamento da UE a longo prazo 2021-2027.
Apesar de não entrarem nestas contas, a estas dotações ainda se somam 10,8 mil milhões de euros em empréstimos, devido ao Fundo de Recuperação.
Nas suas declarações aos jornalistas, António Costa disse que este acordo surge quando Portugal está a lutar «para conter a pandemia, para manter vivas as empresas, os postos de trabalho e os rendimentos das famílias».
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