UAlg Tec Campus estará a acelerar empresas daqui a um ano

Espaço tem capacidade para receber 350 pessoas

O UAlg Tec Campus é «um exemplo» na aplicação de fundos europeus. O espaço, que daqui a um ano já estará a funcionar como aceleradora de empresas da área tecnológica, está a nascer Campus da Penha, e foi hoje visitado por Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, para uma cerimónia que marcou o início das obras.

Ao todo, o UAlg Tec Campus vai permitir receber 300 a 350 pessoas «altamente qualificadas. Vamos ter aqui empresas, que não são empresas que estão a nascer. São empresas que já estão no mercado, mas que necessitam de crescer. Neste espaço, podem ser criadas dinâmicas colaborativas e criativas entre empresas e, naturalmente, também entre a Universidade do Algarve. As empresas que virão para aqui têm que, forçosamente, interagir com a Universidade», realçou Paulo Águas, reitor da Universidade do Algarve.

 

Paulo Águas – Foto: Nuno Costa|Sul Informação

 

Segundo o reitor da academia algarvia, «no máximo dos máximos», a expetativa é que, «daqui a um ano, estejamos aqui já com um espaço com as empresas com vida, a trabalhar, a produzir e a criar riqueza. Isso é o que nós queremos».

E há empresas interessadas em ocupar o espaço? Paulo Águas é perentório: «Sim. Nós temos uma grande interação com a associação Algarve Evolution e, há um ano atrás, assinámos um conjunto de protocolos, que são protocolos de intenção, em que cerca de 30 empresas manifestaram interesse em poder vir para este espaço. Eu diria que nós não temos espaço suficiente para todas as empresas e virão aquelas que, de facto, apresentarem determinadas características e que nós acreditamos que conseguirão interagir com a UAlg».

 

 

Paulo Águas realça também que «as empresas vêm para aqui, mas não é para a vida inteira. Haverá um conjunto de metas, um conjunto de indicadores, e haverá uma renovação dessas mesmas empresas».

O UAlg Tec Campus, que está a nascer no edifício onde funcionava o Complexo Pedagógico do Campus da Penha e o UALG TEC Health, que é um centro de investigação clínica, que está também a construído, vão custar, no total, 6,6 milhões de euros, com financiamento comunitário de 70%.

«São 4,2 milhões de fundos comunitários, dos quais 3 milhões vão ser aplicados no UAlg Tec Campus e cerca de 1,1 milhões no espaço de Gambelas, o UAlg Tech Health, que é um espaço de simulação médica» que deve estar concluído dentro de um mês, explicou Paulo Águas.

Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, que há um ano se assumiu como a “embaixadora” no Governo do Algarve Tech Hub (projeto que está na génese deste UAlg Tec Campus), considera que este projeto é «o melhor exemplo de aplicação de fundos europeus. É um projeto que vai acolher empresas, que vai dar-lhes condições para desenvolver o seu modelo de negócio e encontrarem fontes de financiamento».

Ana Abrunhosa – Foto: Nuno Costa|Sul Informação

Para a governante, «este é o tipo de projetos que marca a diferença e essa é a missão dos fundos comunitários. Nós, Portugal, somos beneficiários líquidos dos fundos comunitários. E essa solidariedade significa colocar à disposição do país fundos para fazerem a diferença, para mudarmos. Cada vez mais, nós temos que nos mentalizar que só enfrentamos os problemas e que só mudamos a nossa comunidade e a nossa economia com conhecimento», realçou.

O UAlg Tec Campus nasce para as empresas e Vanessa Nascimento, que representou na cerimónia a associação Algarve Evolution, que junta várias empresas tecnológicas da região, disse ao nosso jornal esperar que este seja «o primeiro de muitos edifícios. Nós queremos uma região tecnológica, não queremos apenas Faro tecnológico».

 

Foto: Nuno Costa|Sul Informação

 

Para atingir este objetivo, Vanessa Nascimento entregou a Ana Abrunhosa uma «carta convite para um documento que elaborámos entre a Algarve STP e a Algarve Evolution, a Universidade e outros parceiros estratégicos, que mostra aquela que é a nossa visão de tecnologia para o Algarve para os próximos 10 anos».

Uma das áreas que está a ser trabalhada é a promoção da «qualidade de vida. É a nossa mais valia, o nosso cartão de visita, até a nível turístico para trazermos para cá empresários, nómadas digitais e criarmos aqui uma economia paralela, criando também condições para a digitalização das empresas locais», concluiu.

 

 

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