Algarve com menos casos ativos, mas com situação que causa «preocupação»

Hoje há mais 26 casos no Algarve

Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação

O número de recuperados da Covid-19 no Algarve subiu para 1240, mais 32 que ontem, o que permitiu baixar o número de casos ativos, na região, para os 843 (-7).

Números que, apesar de poderem parecer baixos, comparados com outras regiões no país, são motivo «de preocupação» e justificam a aplicação das medidas ontem decretadas pelo Governo,  avisou a Autoridade de Saúde Regional.

Hoje, além do óbito de um homem de cerca de 50 anos em Portimão, do qual o Sul informação deu conta em primeira-mão, há 26 novos casos na região, elevando o total acumulado para 2107, segundo os dados revelados hoje na conferência de imprensa de balanço da situação epidemiológica no Algarve.

Nos hospitais do Algarve, há agora 36 pessoas internadas, quatro delas nos cuidados intensivos.

Paulo Morgado, presidente da Administração Regional de Saúde, aproveitou a conferência de imprensa para salientar que, apesar do Algarve ter o Risco de Transmissão mais baixo do país, a realidade vivida na região «preocupa».

«O facto do Algarve ser a região o RT mais baixo dá-nos algum conforto, mas não nos retira a necessidade de manter o cuidado e a atenção que devemos ter».

 

Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação

 

Já Ana Cristina Guerreiro, delegada regional de saúde, questionada sobre a pertinência da aplicação no Algarve das medidas mais restritivas decretadas ontem pelo Governo, no âmbito do estado de calamidade, lembrou que «Portugal é um país pequeno» e é difícil fazer esta distinção regional.

«Os números do Algarve, por serem pequenos, comparados com os de outras regiões, não causam o mesmo impacto. As pessoas interpretam-nos como não sendo preocupantes. Mas são preocupantes», acredita.

«As pessoas estão a negligenciar os seus comportamentos. Por isso, as medidas são adequadas aos números da região», concluiu Ana Cristina Guerreiro.

Num dia em que o número de internados subiu, Paulo Morgado garantiu que «estamos longe de esgotar todos os recursos que temos para internamento Covid, quer em enfermaria, quer em Unidade de Cuidados Intensivos».

«Mas a situação é muito volátil e a qualquer momento podem surgir situações que a compliquem», disse o mesmo responsável.

Os números da Autoridade de Saúde Regional apontam, ainda, para a existência de 1322 casos em vigilância ativa.

Ana Cristina Guerreiro revelou, por outro lado, que a distribuição etária e geográfica dos casos «é muito heterogénea».

E isso acontece, também, no que toca aos internados.

«Há os casos de dois jovens na casa dos 20 anos que, aparentemente, eram saudáveis e não têm comorbilidades associadas que tem passado, ambos, por situações complicadas. Penso que até estarão nos cuidados intensivos», concluiu.

 

 

 

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