SIC Internacional vai levar “Cavalos de Guerra” (literalmente) mais longe

Este documentário sobre os cavalos-marinhos da Ria Formosa «é uma arma de conservação marinha, de sensibilização e de educação ambiental»

O documentário “Cavalos de Guerra”, sobre os perigos que ameaçam a comunidade de cavalos-marinhos da Ria Formosa, vai ser exibido pela SIC Internacional no sábado, dia 15, às 23h15, e chegar a portugueses (e não só) espalhados por todo o mundo.

A oportunidade surgiu após um contacto feito por João Rodrigues, realizador do documentário filmado e produzido no Algarve, com a estação televisiva, depois da pandemia ter gorado o plano inicial da equipa que fez o filme, de partir numa digressão nacional.

Os responsáveis pela programação da SIC «ficaram, de imediato, interessados, mas já tinham tudo fechado», segundo o que João Rodrigues contou ao Sul Informação.

Ainda assim, surgiu a oportunidade do documentário integrar a grelha da SIC Internacional. «Foi muito bom terem encontrado este buraquinho», disse o também fundador da Chimera Visuals, que produziu o filme para o Município de Olhão.

«Isto está agendado para o dia 15 às 23h15, hora nacional. Este canal destina-se à comunidade portuguesa lá fora. Portanto, não será horário nobre cá dentro, mas lá para fora, por exemplo nos Estados Unidos, é uma ótima hora para as pessoas assistirem», explicou o realizador e argumentista deste documentário.

Este é um canal internacional «que dá prioridade a quem vive lá fora. Cá, nem todos os portugueses têm este canal, mas já há muita gente que tem».

A «parte boa» para aqueles que queiram ver o filme, mas não tenham acesso à SIC Internacional, «é que, provavelmente, irá ficar disponível nas plataformas online da SIC, tanto na aplicação, como no website. Ainda não há datas garantidas nem pormenores, mas esse é o objetivo».

«Dessa forma, ficará ao alcance da maior parte do público», ilustrou.

 

João Rodrigues

 

Levar o mais longe possível a mensagem deste filme – que os cavalos-marinhos de Ria Formosa estão criticamente ameaçados, por ação do ser humano, e que podem desaparecer se nada for feito -, é, de resto, o grande objetivo da equipa que fez o documentário.

«O mais importante aqui é a mensagem de conservação. Porque isto não é um filme normal, não é? É uma arma de conservação marinha, de sensibilização e de educação ambiental e, a nós, interessa-nos chegar ao maior número possível de pessoas», afirmou João Rodrigues ao Sul Informação.

Antes da pandemia, estava já alinhavada uma digressão nacional do “Cavalos de Guerra”, «que iria passar em escolas, em universidades, em cine-teatros municipais, com toda a equipa e com o investigador dos cavalos-marinhos, para dar o seu parecer».

A Covid-19 deitou este plano por terra, mas os autores do filme não cruzaram os braços e foram ter com a SIC.

«Como as salas de espetáculos e os próprios auditórios das universidades tiveram de fechar por causa da pandemia, esta pareceu-nos a melhor solução e a ferramenta mais eficaz», disse o realizador.

A transmissão televisiva do documentário acaba por «compensar o facto de termos tido de cancelar a nossa digressão nacional».

 

 

 

O que também está em stand by é o resultado das candidaturas feitas pela Chimera Visuals, a produtora do filme, a diversos festivais.

«Estamos inscritos em muitos festivais, mas estamos ainda a aguardar pelos resultados. Os festivais ligados à preservação do ambiente nos quais nos inscrevemos estão também a sofrer adaptações e reestruturações devido à Covid-19 e estão atrasados», explicou.

No entanto, este é um problema que pouco preocupa João Rodrigues.

«Com os festivais só perdemos, eventualmente, a visibilidade que as distinções nos dariam. Isto das salas estarem fechadas é que interferiu a sério no nosso plano de comunicação do filme. Essa é que foi a grande falha!», acredita.

Assim que haja oportunidade, João Rodrigues e a equipa do “Cavalos de Guerra” querem fazer-se à estrada para levar o filme a todo o país.

No entanto, preferem não fazê-lo já, apesar de as salas de espetáculos já terem reaberto, ainda que com restrições.

«Podemos pensar, eventualmente, num formato ao ar livre, com uma tela e um projetor, para fazer este tipo de exibições, o que acarretaria muito menos riscos de transmissão do vírus», adiantou.

«Mas isso não está nas nossas mãos. Estamos a aguardar por orientações mais concretas da Autoridade de Saúde e também que isto passe um bocado. Podemos estar na iminência de uma segunda vaga, pelo que não vale a pena estar a fazer grandes planos», concluiu João Rodrigues.

 

 

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