PS Algarve queixa-se a ministro do «alheamento» da TAP na retoma do mercado britânico

Luís Graça diz que Algarve está habituado a não contar com a TAP

O PS algarvio está descontente com o «contínuo alheamento» da TAP em relação ao Algarve, em particular com o levantamento de restrições de viagem entre Portugal e o Reino Unido, e Luís Graça, presidente dos socialistas algarvios, escreveu uma carta a Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas, a manifestar a sua posição.

Para Luís Graça, que também é deputado na Assembleia da República, «a companhia aérea portuguesa não aprendeu nada com os erros do passado e, apesar dos esforços do primeiro-ministro na retoma da atividade económica do setor do turismo e do Presidente da República em demonstrar a importância do Algarve para a economia nacional, a TAP insiste em manter-se longe do Aeroporto Internacional de Faro e do Algarve».

O líder dos socialistas algarvios realça que, «mesmo numa altura de enorme crescimento da procura entre o Reino Unido e o Algarve, depois do governo britânico ter reaberto o corredor aéreo com Portugal, e quando várias companhias aéreas estrangeiras retomaram ou aumentaram o número de ligações com o Aeroporto Internacional de Faro e as agências de viagem e as associações de hoteleiros dão conta do aumento exponencial da procura do Algarve pelo mercado britânico com reservas até Outubro, a TAP continua sem intenções de voar entre o Reino Unido e o Algarve».

Graça diz que, «no Algarve até já estamos habituados a não contar com a TAP» e considera que é «motivo de algum orgulho sermos o maior destino turístico português e a TAP representar apenas 3% do total de voos», uma vez que «isso significa que soubemos, enquanto região, encontrar, ao longo dos anos, alternativas».

Ainda assim, prossegue o deputado, «pensávamos que os últimos acontecimentos, designadamente os efeitos da pandemia na indústria das viagens e particularmente no setor da aviação, e na TAP em concreto, podiam ter mudado o pensamento da empresa e colocado a TAP a agir como uma verdadeira companhia aérea de bandeira, contribuindo para o desenvolvimento da economia de todo o país».

O líder do PS Algarve diz que «não basta ao Governo injetar dinheiro para salvar a TAP, é preciso que a empresa e os seus administradores a queiram salvar».

 



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