O Bloco de Esquerda do Algarve está satisfeito com o “chumbo” ao atravessamento, por uma estrada, do Centro de Experimentação Agrária de Tavira. Os bloquistas, em nota enviada às redações, esta segunda-feira, lembram que o partido «esteve sempre contra esta alternativa», desde que teve conhecimento do processo.
Para o Bloco de Esquerda, a possibilidade de o Centro de Experimentação Agrária de Tavira ser atravessado por uma estrada, construída pela Infraestruturas de Portugal, no âmbito do processo de eletrificação da Linha do Algarve entre Faro e Vila Real de Santo António, não foi, «por parte da Câmara Municipal de Tavira, atempadamente divulgada à comunidade, nem aos partidos da oposição», uma vez que o processo de negociação teve início em Janeiro de 2018.
Na semana passada o projeto teve Declaração do Impacte Ambiental desfavorável por parte da Agência Portuguesa do Ambiente
Os bloquistas realçam que houve «por parte do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, através do seu deputado pelo Algarve, João Vasconcelos, um pedido de audição do Secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural na Comissão Parlamentar de Agricultura e Pescas e que foi aprovada por unanimidade. A audição só não ocorreu devido ao estado de pandemia da Covid-19 que o país vive», enquadram.
O Bloco de Esquerda defende «a requalificação do Centro Agrário, espaço único no País e de enorme valor para o Algarve e para o concelho de Tavira» e propõe que a Câmara Municipal de Tavira «inicie um processo de negociação com o Ministério da Agricultura e Pescas de forma a recuperar o Centro Agrário e incutir no mesmo uma dinâmica de reabilitação e valorização através da sua rentabilização ambiental com os consequentes ganhos futuros para as novas gerações».
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