Cidadãos 1 – IP 0: Chumbada estrada que atravessaria Centro de Experimentação de Tavira

Projeto obteve Declaração do Impacte Ambiental desfavorável por parte da Agência Portuguesa do Ambiente

Foto: Elisabete Rodrigues|Sul Informação

O Centro de Experimentação Agrária (CEA) de Tavira já não vai ser cortado a meio, depois do projeto da Infraestruturas de Portugal para construir uma estrada que atravessava a propriedade ter obtido uma Declaração do Impacte Ambiental desfavorável por parte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Está, desta forma, colocada de parte – pelo menos para já – uma obra que foi muito contestada e que motivou a criação do Movimento de Cidadãos pela Defesa do CEA Tavira, que jurou utilizar «todos os meios legais ao seu alcance» para impedir o avanço da obra.

Em causa, como o Sul Informação deu conta em Fevereiro, estava um projeto da Infraestruturas de Portugal de construção de uma estrada de 20 metros de largura em terrenos hoje pertencentes a este centro experimental, onde se encontra uma coleção de fruteiras tradicionais composta por variedades endémicas do Algarve que, em alguns casos, só ali podem ser encontradas.

Esta nova estrada está projetada no âmbito do processo de eletrificação da Linha do Algarve entre Faro e Vila Real de Santo António, que prevê a criação de uma travessia que permita desativar a passagem de nível junto à Estação da CP de Tavira.

Apesar das garantias dadas ao nosso jornal por Pedro Valadas Monteiro, diretor regional de Agricultura e Pescas do Algarve, de que a obra não colocaria em causa a coleção de fruteiras ou qualquer património natural do centro, nem sequer o património edificado, a contestação dos cidadãos não baixou de tom.

A polémica acabou por chegar à Assembleia da República e foi precisamente numa resposta a Rui Cristina, deputado do PSD eleito pelo Algarve, que o ministro das Infraestruturas e da Habitação revelou que «a Declaração do Impacte Ambiental do projeto refere agora que não existem condições favoráveis para emitir decisão favorável à solução técnica apresentada pela Infraestruturas de Portugal».

O membro do Governo antecipou-se à própria APA, tendo em conta que no portal Participa.pt o processo continua como estando em análise, não havendo nota de uma decisão final.

Segundo o parlamentar social-democrata, «a Infraestruturas de Portugal, responsável pelo projeto, reconheceu que seria necessário um percurso alternativo para o trânsito automóvel entrar na cidade, pelo que o CEA, de momento, está a salvo».

 

 

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