Desemprego aumentou 45% em Março no concelho de Loulé

Vítor Aleixo admite que consequências da pandemia são «muito preocupantes»

O desemprego aumentou cerca de 45% em Março, em relação ao mesmo mês do ano passado, no concelho de Loulé, como consequência da crise provocada pela Covid-19. Os dados foram revelados hoje pelo presidente da Câmara, numa conferência de imprensa de balanço desta primeira fase de combate à pandemia.

Os efeitos do fecho de hotéis, restaurantes e da quebra de todas as atividades ligadas ao turismo «sentiram-se imediatamente na atividade económica de Loulé», salientou Vítor Aleixo. «Neste mês de Março, em relação ao período homólogo de 2019, tivemos mais 1000 desempregados no concelho, o que significa um aumento de 45%».

Os dados de Loulé são, assim, mais altos do que os do Algarve em geral, onde, segundo revelou o IEFP, a taxa homóloga de desemprego atingiu, no mês passado, 41,4%.

Além disso, sublinhou o autarca, embora sem conseguir precisar o número exato, «há muitas empresas, muitas mesmo, em lay-off no nosso município».

E estes, esclareceu, são apenas os números de Março, já que Vítor Aleixo não tem dúvidas que «os números continuaram a subir em Abril».

Para ajudar a responder a tudo isto e evitar uma calamidade económica, a Câmara Municipal de Loulé começou a tomar, logo no início do mês passado, uma série de «medidas de apoio à liquidez e à tesouraria de empresas e de famílias». Essas medidas traduzem-se, maioritariamente, em receitas que não entram nos cofres da autarquia, que ficam nas empresas e nas famílias.

 

 

«Uma parte deste valor não vai ser cobrado nunca», explicou. São os casos da isenção das tarifas fixas de água, tratamento de esgotos e recolha de resíduos, a isenção de pagamento de bilhete nos autocarros urbanos ou a não cobrança do estacionamento, a isenção das taxas de ocupação de espaço público e aéreo, ou das rendas das lojas e bancas no Mercado Municipal.

Mas há outras receitas que serão cobradas mais tarde, como as que resultam do «prolongamento do prazo de pagamento das faturas de água emitidas em Abril e Maio, por mais seis meses».

No total, anunciou o presidente da autarquia, esse apoio à tesouraria e liquidez das empresas e das famílias representa um «montante estimado em 2 milhões de euros, só para os meses de Abril e de Maio».

«Estamos a trabalhar num outro conjunto de medidas de apoio à economia, paras as micro, pequenas e médias empresas de Loulé, de modo a complementar, na medida das nossas possibilidades, complementar as medidas tomadas pelo Governo», revelou. «Já temos um grupo de trabalho que, com o contributo dos empresários e das empresas, está a construir um programa de apoio à economia local, que oportunamente será divulgado».

O objetivo, salientou Vítor Aleixo, é «combater as consequências económicas e sociais desta pandemia, que são muito preocupantes para o futuro».

 

Fotos: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

 

 

 

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