Monchique entra em 2020 com dose dupla de novo circo e uma orquestra

Contos infantis são o mote para os dois espetáculos

Créditos: Danielle Le Pierrès

Haverá duas tendas, dois espetáculos que exploram o imaginário dos contos infantis e a garantia da magia do novo circo. O “Lavrar o Mar” voltou a eleger Monchique para uma passagem de ano diferente, com uma programação que começa ainda antes da noite de 31 e se prolonga até 5 de Janeiro.

Este ano, a grande novidade é a existência de dois espetáculos, divididos pelas tais duas tendas – uma com capacidade para 400 pessoas e outra para 500, montadas no Heliporto de Monchique.

«Achámos que este ano tinha de haver um salto qualitativo e quantitativo porque as pessoas já nos procuram imenso. A lotação mais limitada era um problema», explica Giacomo Scalisi, um dos programadores do “Lavrar o Mar”, ao Sul Informação. 

No total haverá oito espetáculos: “Les Dodos”, da companhia francesa Le P’tit Cirk, e “Forever, Happily”, do Collectif Malunés (Bélgica). O primeiro será sempre às 18h00; o segundo às 21h30. Ambos estarão em exibição nos dias 27, 28, 29 e 31 de Dezembro e 1, 3, 4 e 5 de Janeiro.

«A ideia é as pessoas virem passar um dia em Monchique. Vêm às 18h00 para o primeiro espetáculo, jantam, ajudando a restauração local, e depois às 21h30 vão ao segundo espetáculo», diz Giacomo.

Quer “Les Dodos” quer “Forever, Happily” dão continuidade ao «tema da terra e dos contos», explorado em “Les Princesses”, espetáculo de novo circo que foi um sucesso no passado mês de Outubro, em Aljezur.

«O “Forever, Happily” mistura um pouco de todos os contos de fadas que são tratados de uma maneira muito diferente, muito contemporânea. No fundo, há uma desconstrução das memórias e das ideias que temos desses contos de fadas, seja a Branca de Neve ou o Capuchinho Vermelho», explica o programador cultural.

Este será um espetáculo «muito aéreo», com seis artistas e a certeza de arriscadas acrobacias.

 

 

Já “Les Dodos” tem a particularidade de ter o nome de uma espécie de ave já extinta. Mas não só: é um espetáculo de cinco jovens franceses em que as protagonistas são…as guitarras.

No palco haverá «à volta de 100 guitarras, utilizadas para acrobacias e números de equilibrismo. É um espetáculo muito fresco, jovem e divertido que junta música e novo circo», garante.

Já o nome “Les Dodos” é «um pouco bizarro», mas essas aves também aparecem em contos como a Alice no País das Maravilhas. Daí, a ligação ao tema geral destes dois espetáculos.

Durante estes dias de novo circo, Monchique poderá receber até perto de 10 mil pessoas. «É um número ambicioso, mas faremos tudo para lá chegar», diz Giacomo Scalisi.

Até porque a passagem de ano em Monchique já é «uma tradição». Na noite de dia 31, após os espetáculos, haverá comida, champanhe, uma fogueira (e não fogo de artifício) e uma surpresa: «um grande concerto da Orquestra Vicentina», projeto que nasceu no “Lavrar o Mar”. 

«Contamos com mais uma grande passagem de ano e a verdade é que já há uma corrida aos bilhetes. As pessoas querem mesmo vir ter connosco e isso é muito importante para Monchique e para o Algarve, no sentido em que é uma alternativa às passagens de ano tradicionais».

Os bilhetes, para cada espetáculo, custam 12 euros para adultos e 5 para crianças. Se quiser comprar ingressos, pode fazê-lo aqui. 

O “Lavrar o Mar” conta com os apoios das Câmaras Municipais de Aljezur e Monchique. Além do 365Algarve, também apoiam financeiramente o projeto o CRESC Algarve e a Direção Geral das Artes.

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