Corrida às bombas no Algarve já causa falta de combustível

A corrida às bombas já fez com que vários postos de abastecimento no Algarve ficassem sem combustíveis e não é fácil abastecer na região sem esperar vários minutos nas filas

A greve dos motoristas de matérias perigosas só começa na segunda-feira, mas os algarvios e os muitos turistas que estão na região não querem ficar sem combustível e estão “a correr” para os postos de abastecimento. A elevada procura já levou a que o gasóleo e, em alguns casos, também a gasolina, esgotassem em várias bombas na região.

O número de carros que está a dirigir-se para os postos de combustível está também a criar problemas de trânsito em várias estradas e rotundas, nomeadamente em quase toda a extensão da EN125, uma vez que as filas acabam também por ocupar as faixas de rodagem, o que provoca congestionamentos.

Em Faro, o posto de abastecimento do Jumbo, que pertence à Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA), junto à Pista de Atletismo, ontem à noite, ficou sem gasóleo devido à elevada procura.

No entanto, esta manhã, o combustível já tinha sido reposto e a bomba estava a funcionar normalmente, apesar das filas.

O mesmo não acontece com o posto da BP, do outro lado da estrada, junto ao Motoclube de Faro, que, esta sexta-feira, conforme o Sul Informação constatou no local, já não tinha nenhum combustível disponível.

Mas a situação não é exclusiva da capital do Algarve. De acordo com o portal Já Não dá Para Abastecer, em Albufeira, Portimão, Silves, Vila Real de Santo António, ou Lagos, há também postos de abastecimento sem gasolina ou gasóleo, ou ambos.

Também no interior do Algarve, por exemplo, em Monchique, Silves e São Bartolomeu de Messines, tem havido corrida aos postos de abastecimento. No caso de Monchique, o posto da BP já esteve sem combustível.

As estações de serviço na A22 também estão a ser alvo de elevada procura.

Tendo em conta que a greve dos motoristas de matérias perigosas só começa na próxima segunda-feira, é expectável que alguns postos de abastecimento, que ficaram sem combustíveis, possam ainda reabastecer os seus depósitos até ao início da paralisação.

Além disso, se os serviços mínimos decretados pelo Governo forem cumpridos – algo que não é certo – além dos postos de abastecimento da rede REPA, que devem ter um abastecimento de 100%, as restantes bombas deverão ser abastecidas em 50%.

 

Fotos: Nuno Costa | Sul Informação

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