Lagos vai ter o 1º Centro de BTT do Algarve

Alexandre Domingues, atual consultor da Federação Portuguesa de Ciclismo, é o responsável pela empresa que desenvolveu o projeto

Créditos da Foto: Vertente Magenta

O primeiro Centro de BTT do Algarve, homologado pela Federação Portuguesa de Ciclismo, vai ser criado em Barão de São João, no interior do concelho de Lagos. A nova estrutura vai ser inaugurada na Feira do Folar, que terá lugar naquela aldeia no fim de semana da Páscoa, entre 19 e 21 de Abril.

A novidade foi apresentada esta sexta-feira, em Lagos, por Alexandre Domingues, ex diretor da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) e atual responsável pela empresa Vertente Magenta, especializada em projetos ligados ao BTT.

Aquele responsável foi um dos oradores convidados da Ação de Dinamização e Promoção Cultural e Turística promovida ontem, ao longo de todo o dia, pela Câmara Municipal de Lagos, tendo como tema «Cultura, Turismo & Desenvolvimento Sustentável» e dirigida a guias-intérpretes, operadores turísticos, unidades hoteleiras, empresas de animação turística e outras com atuação na área daquele município.

Um Centro de BTT, explicou Alexandre Domingues, é uma infraestrutura de lazer homologada pela FPC, que tem de obedecer a alguns requisitos obrigatórios, como ter um edifício de apoio que inclua wc, balneários, zona de lavagem de bicicletas e ainda de oficina self-service.

Tudo isso vai ser disponibilizado no já existente edifício do Centro Cultural de Barão de São João, que tem ainda a vantagem de se situar à entrada da Mata, onde se desenrolam os percursos de bicicleta de montanha ou por onde todos eles passam.

«Será a partir desse edifício de apoio que as pessoas irão começar ou terminar a sua aventura, nos diversos percursos de cross country definidos», acrescentou o especialista.

Equipamento para lavagem das bicicletas – Créditos da Foto: Vertente Magenta

 

É que, para existir um Centro de BTT, tem também de haver uma rede de percursos cross country (XC) para serem percorridos de bicicleta, que tenham um mínimo de 100 quilómetros no total e quatro graus de dificuldade. Esses percursos terão ainda de ser dotados de sinalização universal homologada, havendo também uma exigência de manutenção e de cuidados específicos.

No caso do Centro de BTT de Lagos, já estão definidos oito percursos, totalizando 260 quilómetros de trilhos sinalizados, com os quatro níveis de dificuldade: dois de nível verde (fácil), dois azuis (moderado), três vermelhos (difícil) e um preto (muito difícil).

Alguns dos percursos, acrescentou Alexandre Domingues, «passam dentro da aldeia de Barão, convidando as pessoas a parar e a consumir» nos seus cafés, restaurantes e lojas. Aliás, explicou, estes Centros de BTT são «o produto ideal» para «levar turistas para o interior do concelho» e para que «se crie retorno económico da atividade para estas aldeias».

Os trabalhos de sinalização dos percursos vão começar «dentro de dias», prevendo-se que tudo esteja pronto em Abril, a tempo de ser inaugurado na Páscoa, provavelmente com um passeio atraindo centenas de betetistas.

Alexandre Domingues acrescentou que os percursos verdes e azuis podem também ser «realizados por pessoas com dificuldades de mobilidade, nomeadamente paraciclistas».

Há ainda planos para, no futuro, ligar esta rede de oito percursos à Via Algarviana e à Rota Vicentina.

«Este será mais um instrumento de oferta para o turismo, para ser usado pelas unidades hoteleiras, pelas agências, para complementar a sua oferta, mas também para a criação de novos produtos, seja no aluguer de bicicletas, sejam em passeios guiados, etc. O potencial é enorme», concluiu.

«Lagos e o Algarve têm condições únicas para este produto [do cycling] se afirmar, atraindo visitantes durante todo o ano», acrescentou ainda José Viegas, coordenador principal da UT de Comunicação, Cultura e Turismo da Câmara de Lagos.

 

 

 

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