O Festival do Marisco, em Olhão, abriu as portas esta quinta-feira e coube a António Costa, primeiro-ministro, inaugurar o certame. O governante distribuiu acenos, beijinhos, tirou selfies e percorreu o recinto sempre de sorriso rasgado. As palavras aos jornalistas foram poucas, mas significativas: estava ali para provar o «melhor marisco do mundo».
António Costa chegou atrasado e começou por “trocar as voltas” aos autarcas, aos ministros (do Mar e Adjunto), aos camaradas do seu partido (PS), aos jornalistas e aos manifestantes – que pediam a abolição de portagens na Via do Infante e se insurgiam contra as demolições nas ilhas da Ria Formosa – que o esperavam em frente aos Paços do Concelho.
O primeiro-ministro dirigiu-se diretamente para o Jardim Pescador Olhanense, onde decorre o festival, e obrigou a comitiva a mudar de local em passo apressado.
Se aos jornalistas não falou, António Costa não se fez rogado em trocar palavras com muitos dos que quiseram falar com ele, como João Vasconcelos que, em representação da Comissão de Utentes da Via do Infante, pediu o fim das portagens.
António Costa sorriu, lembrou ao deputado do Bloco de Esquerda que o Governo já tinha baixado o preço a pagar para usar a Via do Infante, e seguiu o seu caminho, sempre rodeado por uma multidão de fotógrafos, jornalistas e curiosos, que não quiseram perder a oportunidade de tirar uma fotografia ao primeiro-ministro.
Depois de ter assistido à atuação da fanfarra dos Bombeiros de Olhão, o chefe de Governo entrou no recinto, sempre ladeado pelo presidente da Câmara António Pina, e percorreu-o, stand a stand. Sempre muito solicitado, sempre muito sorridente.
O périplo durou cerca de uma hora até que, finalmente, António Costa pôde sentar-se e provar «o melhor marisco do mundo», antes da atuação de Tony Carreira.
O cantor deu mesmo sinais de ser capaz de competir em popularidade com o primeiro-ministro: as fãs de Tony não arredaram pé da frente de palco para tirar uma foto com António (Costa).
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