Paderne acolhe gala das Aldeias Rurais…com a esperança de ser eleita como finalista das 7 Maravilhas

Paderne acolhe, no domingo à noite, a gala da escolha das duas finalistas na categoria de Aldeia Rural do concurso […]

Paderne acolhe, no domingo à noite, a gala da escolha das duas finalistas na categoria de Aldeia Rural do concurso “7Maravilhas de Portugal Aldeias”. A cerimónia será transmitida pela RTP1 e RTP Internacional, mas, ao longo do dia, os holofotes do canal público de televisão estarão voltados para a localidade do interior do concelho de Albufeira, para a própria cidade, e para as outras aldeias pré-finalistas, entre as quais se conta a também algarvia Cachopo, em Tavira.

Mas a aldeia de Paderne tem também a esperança de vir a ser escolhida, na sua própria casa, como finalista, pela votação do público. Isso mesmo foi ontem ao fim da tarde afirmado por habitantes, outras figuras importantes da terra, autarcas e ainda pelo padrinho da aldeia nesta candidatura a Maravilha de Portugal, o conhecido comentador e jornalista desportivo Fernando Correia.

Aliás, no domingo, Fernando Correia faz anos…e vai estar presente na gala. E ontem o padrinho pediu um presente muito especial: que todos gastem pelo menos 60 cêntimos a votar em Paderne.

Fernando Correia, que até nem nasceu na aldeia do interior do concelho de Albufeira, fez questão de explicar porque razão aceitou o convite para ser o padrinho desta localidade, no evento das Maravilhas de Portugal.

«Vinha para o Algarve muitas vezes, em férias, em descanso, e a dada altura resolvi que tinha de ter uma casa aqui. Mas queria que fosse longe do bulício das praias, dos bares. Por isso, comprei há 40 anos uma casa rural em Ribeira d’Alte, freguesia de Paderne, concelho de Albufeira. É uma casa simpática, de descanso, construída a pulso por mim e pela minha família. E vou a Paderne fazer compras, à Maria dos Anjos, vou aos correios, comprar os jornais na papelaria, ao jornal «Avezinha» visitar o meu amigo Arménio», começou por explicar Fernando Correia.

«Porque é que aceito ser padrinho? Porque Paderne é verdade, é autêntica, é aquele cerro e depois espraia-se», acrescentou.

«O que eu vou fazer no domingo é explicar às pessoas que aquela aldeia é verdade, não arranjou nada à pressa para o concurso, não inventou qualquer coisa turística», disse ainda Fernando Correia. «Infelizmente, não nasci em Paderne, mas vivo aqui sempre que posso, há 40 anos. Não nasci aqui, mas os restos de mim ficarão em Paderne», anunciou, emocionado.

 

Fernando Correia, o padrinho de Paderne

A intervenção do padrinho foi muito aplaudida por todos, mas em especial pelos elementos da claque de apoio a Paderne, que, envergando a t-shirt verde vivo com os dizeres «Por Paderne», rematou com gritos de incentivo – os mesmos que a claque irá dar no domingo, em direto, na RTP – as palavras de Fernando Correia.

A claque é composta por 15 «homens e mulheres da terra, de diferentes faixas etárias», profissões e até nacionalidades. É capitaneada por Cristina Ramos, que apelou ao voto na sua aldeia do coração.

Por seu lado, Miguel Coelho, presidente da Junta de Freguesia, destacou a «paisagem linda, os monumentos, a gente boa que trabalhou muito».

Carlos Silva e Sousa, presidente da Câmara de Albufeira, também fez questão de enaltecer «esta gente curiosa, porque extremamente ligada à sua terra».

O autarca, nascido em Olhão, recordou: «vim para Albufeira pela mão de um padernense, o meu sogro», e uma das suas primeiras memórias do concelho é a de «ouvir a Banda de paderne, que representa muito bem o que os padernenes são: é a mais antiga do Algarve e uma das mais antigas do país, mas vai-se renovando e vai cativando a juventude», por isso, tal como a terra, «tem futuro».

Carlos Silva e Sousa destacou também que, apesar de ser terra de fortes tradições, Paderne é também – e sempre foi – terra de vanguarda: «temos aqui o Arménio Aleluia Martins, rapaz já com uns aninhos», que foi diretor da «Avezinha», «jornal de vanguarda, de matriz feminista, fundado por senhoras».

O presidente da Câmara de Albufeira apelou ainda a uma competição «saudável, com alegria, com sorriso, mas com um respeito enorme por todas as outras aldeias concorrentes e por este Portugal maravilhoso que é nosso».

 

Cristina Ramos, líder da claque de Paderne

E por falar em outras aldeias, o coração dos algarvios, na hora de votar, vai estar dividido no próximo domingo: é que também Cachopo, no interior do concelho de Tavira, compete na mesma categoria de Aldeias Rurais para ser uma das duas finalistas

Além das duas localidades algarvias, são também semi-finalistas Alegrete (Portalegre), Casal de S.Simão (Figueiró dos Vinhos), Faial (Madeira), Manhouce (São Pedro do Sul), Sistelo (Arcos de Valdevez).

Depois do primeiro evento dedicado às Aldeias Ribeirinhas, que teve lugar em Santa-Clara-a-Velha no domingo passado (e escolheu esta aldeia do concelho de Odemira para finalista), segue-se então a gala de Paderne (Albufeira), a 16 de Julho, com as Aldeias Rurais (onde se candidata também a aldeia de Cachopo, Tavira), e Azenhas do Mar (Sintra), no dia 23, com as Aldeias de Mar (onde se candidata ainda Ferragudo, Lagoa).

A gala das Aldeias Remotas está marcada para o dia 30, em Branda da Aveleira (Melgaço), e a das Aldeias Autênticas acontece em Podence (Macedo de Cavaleiros), no dia 6 de Agosto. Nesta última categoria, é Alte (Loulé) a aldeia algarvia candidata.

Monsanto (Idanha-a-Nova) recebe a gala das Aldeias Monumento (onde se candidata Estoi, Faro), a 13 de Agosto, e Porto Martins, na ilha Terceira (Açores), a gala das Aldeias em Áreas Protegidas (que tem a Bordeira, Aljezur, como candidata), a 20 de Agosto.

No dia 27 de Agosto, a RTP transmite um programa dedicado às 14 aldeias apuradas, seguindo-se uma semana de votações. É no Piódão (Arganil), a 3 de Setembro, que as eleitas serão conhecidas, na gala final.

Nas próximas galas, os artistas convidados são Os Azeitonas, António Zambujo, Áurea, Mariza Liz, The Black Mamba, Ana Bacalhau, Lúcia Moniz e Luísa Sobral. São atuações que pretendem retratar, «de forma abstrata, as vivências, a diversidade, a essência, a beleza e o orgulho pelo nosso território», mostrando «a aldeia como local vivo».

 

 

Como votar

A votação nas pré-finalistas 7 Maravilhas de Portugal® – Aldeias, é realizada através de chamada telefónica para números de tarifa plana (760). O custo de cada chamada (IVR) é de 0,60€ + iva.

Os números de votação por maravilha pré-finalista são revelados em antena, em simultâneo com a abertura da votação.

O período de votação nas pré-finalistas termina no final de cada gala em direto e às vozes dos apresentadores (aproximadamente 15 minutos antes do final da Gala).

Não há restrição nem limite de votos por participante. É possível realizar as chamadas telefónicas que pretender, no período específico durante a respetiva Gala.

Desta lista de 7 pré-finalistas vão ser eleitas as 2 aldeias mais votadas.
No total das 7 categorias passam 14 aldeias a Finalistas.

 

Fotos: Elisabete Rodrigues|Sul Informação

 

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