Ativistas entregam cruzes “anti-petróleo” à Câmara de Aljezur

Membros de um grupo de ativistas contra a prospeção e exploração de hidrocarbonetos no Algarve entregaram ontem ao presidente da […]

Cruzes anti petróleoMembros de um grupo de ativistas contra a prospeção e exploração de hidrocarbonetos no Algarve entregaram ontem ao presidente da Câmara de Aljezur duas enormes cruzes vermelhas com os dizeres «Petróleo e Gás no Algarve: Não obrigado!».

As duas cruzes serão colocadas na fachada da Câmara, a 29 de Abril, segundo a promessa que o autarca José Amarelinho fez aos ativistas.

O grupo fez ainda questão de apresentar ao presidente da autarquia e também vice-presidente da AMAL (Comunidade Intermunicipal do Algarve) a sua opinião sobre a eventualidade de vir a ser usado fracking (fraturação hidráulica), bem como sobre as atividades do consórcio Portfuel, a quem o Estado português concessionou a prospeção e eventual exploração de dois blocos na região algarvia, denominados “Aljezur” e “Tavira”.

No encontro com os ativistas, José Amarelinho, que até posou para a fotografia com as cruzes e os ativistas, falou ainda sobre o acompanhamento que a autarquia aljezurense está a desenvolver, em conjunto com o SEPNA da GNR, dos furos que têm estado a ser feitos em diversos pontos do concelho (e não só), teoricamente para encontrar água, mas que os ativistas desconfiam que sejam já atividades de prospeção de hidrocarbonetos. Esses furos estão a ser feitos pela empresa Domus Verdes Empreendimentos Imobiliários, que subcontratou a empresa Fonseca Furos para os levar a cabo no terreno.

Cruzes anti petróleo 2Mostrando o seu empenho na luta contra a exploração de petróleo e gás natural no Algarve, que considera poder ter «impactos muito negativos na economia da região», em especial no Turismo e na Agricultura, o presidente da Câmara de Aljezur vai falar num sessão de sensibilização para o problema que está agendada para domingo, 10 de Abril, às 15h00, no Pavilhão Multiusos da vila.

José Amarelinho, eleito pelo PS, é vice-presidente da AMAL, que, no dia 15 de Março, deliberou, por unanimidade, avançar para tribunal para travar a prospeção e exploração de petróleo e gás natural na região algarvia.

O autarca aljezurense tem sido, aliás, um dos mais vigorosos na contestação à prospeção de hidrocarbonetos, offshore (no mar) e onshore (em terra) no Algarve.

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