Fernando Anastácio considera que Páscoa traz «amêndoa amarga para o Turismo algarvio»

Fernando Anastácio, empresário e candidato socialista à Câmara de Albufeira, considera que a Páscoa traz uma «amêndoa amarga para o […]

Fernando Anastácio, empresário e candidato socialista à Câmara de Albufeira, considera que a Páscoa traz uma «amêndoa amarga para o Turismo algarvio», já que «apesar dos preços mais baixos praticados pelas unidades hoteleiras,  o Algarve está cada vez mais longe dos níveis de ocupação registados no passado».

Anastácio é de opinião que «a procura interna caiu significativamente em relação a anos anteriores devido à crise e à perda do poder de compra dos portugueses».

Acrescentou que este ano «há menos portugueses e menos espanhóis em número que habitualmente faziam subir as taxas de ocupação e marcavam o início da estação alta do turismo algarvio».

«A conjuntura económica nos dois países e as políticas fiscais aplicadas pelo governo às empresas e às pessoas são fatores que ajudam a explicar a crise do turismo, além de medidas erradas  como a introdução de portagens na Via do Infante», acrescenta.

«Tenta criar-se a ilusão de que a Páscoa deste ano é igual ao passado,  no que respeita à procura», sublinha Anastácio, recordando, no entanto,  que «as pessoas, como as empresas, estão descapitalizadas e as que ainda podem deslocar-se ao Algarve não vem por uma semana mas por um período curto  de três dias».

«Há menos gente, vem por menos tempo  e gasta-se menos», resumiu o candidato socialista à Câmara de Albufeira e ex-vice presidente da Entidade Regional de Turismo.

Anastácio manifesta-se «extremamente preocupado» com o quadro económico e social do maior concelho turístico do país onde grassa o desemprego e situações de carência a que «não se pode ficar indiferente».

A expetativa para esta semana de Páscoa não escapa à tendência de crise que envolve a empresas hoteleiras de há anos a esta parte, com quebras globais nas taxas de ocupação da ordem dos 50 por cento.

A  crise na hotelaria, em concelhos marcadamente turísticos como Albufeira, «estende-se às empresas do comércio e restauração  com reflexos sociais graves a nível do desemprego e de outros fenómenos associados como os roubos e a insegurança».

«Tratando-se de uma indústria exportadora com efeitos multiplicadores sobre outros setores económicos, era de esperar do governo a definição de políticas tendentes à minimização dos prejuízos», concluiu o candidato, lamentando a «falta de sensibilidade do executivo para o presente e futuro da região».

De igual modo, Fernando Anastácio critica o silêncio mantido pela Câmara quanto às medidas fiscais adotadas sobre as empresas pelo governo e a sua incapacidade para acorrer a situação sociais crescentes  de exclusão.

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