Crianças da Culatra ajudam investigadores do CCMAR a preservar pradarias marinhas

Crianças da Culatra vão ajudar investigadores do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) do Algarve na conservação da biodiversidade marinha […]

Crianças da Culatra vão ajudar investigadores do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) do Algarve na conservação da biodiversidade marinha desta ilha-barreira da Ria Formosa. Na segunda-feira, dia 29 de Maio, 30 alunos da Escola Básica desta aldeia piscatória do concelho de Faro vão sair para o mar com cientistas para conhecer as pradarias de ervas marinhas existentes junto à ilha, um elemento fundamental do ecossistema da Ria Formosa.

Durante a saída, as crianças vão ajudar «registar com desenhos e fotografias a biodiversidade das pradarias de ervas marinhas, para fazer uma exposição a explicar ao público em geral porque é importante conservá-las», segundo os responsáveis pelo programa Adopte do CCMAR, no âmbito do qual decorre esta iniciativa.

Como indica o nome, este programa desafia a adotar pradarias marinhas, repto aceite pela Associação de Moradores da Ilha da Culatra, que se responsabilizaram pela pradaria existente junto à ilha e agora «zela pela sua conservação e bom estado».

«As pradarias marinhas são o habitat onde se escondem, alimentam e reproduzem muitas espécies ameaçadas como os cavalos marinhos. A Ilha da Culatra é um dos locais mundiais mais importantes para os cavalos marinhos devido às suas pradarias de ervas marinhas, ali compostas por três espécies de plantas», acrescentaram.

Ao mesmo tempo, este local «alberga e serve de maternidade a muitas espécies com interesse comercial, como o choco e os pepinos do mar, atualmente muito procurados devido aos elevados preços que atingem nos mercados de comida asiática, onde escasseiam já várias espécies».

As pradarias marinhas também são importantes para a limpeza das águas, «retirando nutrientes e partículas em suspensão», e no combate à erosão costeira «através da estabilização dos sedimentos pelas suas raízes». No caso da existente na Culatra, forneceu as plantas-mãe para a recuperação das novas pradarias transplantadas pelo projeto Biomares para o Parque Natural da Arrábida.

«As crianças da escola da Ilha da Culatra vão assim aprender, para ensinar às suas famílias a importância de não destruir as ervas marinhas, para bem de todos», concluíram os dinamizadores do Adopte.

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