Turmas de escola em Messines estão sem professor de português desde Setembro

Pelo menos duas turmas de 9º ano da Escola EB 2,3 João de Deus, em São Bartolomeu de Messines, estão sem […]

escola-eb-23-messinesPelo menos duas turmas de 9º ano da Escola EB 2,3 João de Deus, em São Bartolomeu de Messines, estão sem professor de Português, colocado, desde o início do ano letivo.

João Gomes, diretor do Agrupamento de Escolas de Silves, do qual faz parte a escola de Messines, confirmou esta realidade ao Sul Informação, dizendo «que a situação nos ultrapassa», porque são os professores que, depois de colocados, «se vão logo embora». 

Em declarações ao nosso jornal, João Gomes disse que «já perdeu a conta» ao número de professores que foram colocados na Escola EB 2,3 João de Deus e depois não ficaram no estabelecimento a dar aulas. «Apesar de ser um horário completo, os professores não ficam ou porque não lhes interessa ou porque são de muito longe», acrescentou.

Desde «há cerca de um mês e meio», tem sido Sandrine Thillet, professora bibliotecária da escola, de nacionalidade francesa, a assegurar as aulas de Português.

Contactada pelo Sul Informação, Mavilde Guerreiro, encarregada de educação de uma aluna do 9ºB, uma das turmas visadas por esta falta de professor, disse que, «além de revisões de matéria já dada, o tem sido feito é um tipo de apoio para que os alunos tenham este tempo ocupado».

Confrontado com isto, João Gomes diz acreditar que «está a ser dada matéria». Apesar de desempenhar funções na biblioteca escolar, esta «é uma professora que pode lecionar, quer Português, quer Francês», referiu.

Ainda assim, no entender de Mavilde Guerreiro, «o prejuízo é dos alunos que vão ter exames nacionais e que estão sem professor quase no fim do 1º período de aulas». Da parte do Agrupamento de Escolas de Silves, «estão a ser seguidos os passos legais».

«Ainda ontem, dia 6 de Dezembro, colocámos a questão à Direção Regional de Educação, que disse que não há outro caminho a seguir que não este», contou João Gomes ao Sul Informação.

Isto porque o Agrupamento é obrigado a colocar o horário a concurso e, se há professores a concorrer, a instituição tem de os aceitar. Outra solução poderá ser «fazer uma contratação de escola, que só será possível depois de o horário ir três vezes a concurso e ninguém concorrer», explicou o diretor do Agrupamento de Escolas de Silves.

Por agora, a situação é a mesma: o horário está a concurso «na plataforma». «Vamos esperar e tentar ver se alguém vem», conclui João Gomes.

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