Farense começa a colocar novo relvado na Pista de Atletismo de Faro ainda este mês

As obras de renovação do relvado da Pista de Atletismo de Faro estão «programadas para começar já no dia 20 […]

Pista de Atletismo de Faro_CMFAs obras de renovação do relvado da Pista de Atletismo de Faro estão «programadas para começar já no dia 20 de Abril», para estarem concluídas «um mês e meio ou dois meses depois».

O Sporting Clube Farense vai investir «cerca de 50 mil euros» num novo relvado e num sistema de rega renovado, e a equipa profissional de Futebol passará a usar esta infraestrutura como campo de treinos, já a partir da próxima época.

A garantia foi dada ao Sul Informação pelo presidente do Farense António Barão, que diz estar tudo pronto para o avanço das obras. «No início da próxima época, teremos de ter o campo funcional», acrescentou, uma vez que «o campo de treinos é obrigatório» para clubes que disputem as ligas profissionais.

Esta obra será realizada ao abrigo de um protocolo entre a Câmara de Faro, proprietária da pista, e o Farense, para utilização do espaço por parte do clube, assinado há cerca de um ano. Um acordo que mereceu a desconfiança, na altura, por parte dos clubes que já vinham a utilizar a infraestrutura, a larga maioria ligados à Associação de Atletismo do Algarve (AAA), mas também o Clube de Rugby da Universidade do Algarve (CRUAL).

Duas entidades que se mostram preocupadas com a ausência da intervenção de requalificação do campo relvado, por parte do Farense, estipulada no protocolo. Em conversa com o Sul Informação, tanto o vice-presidente da AAA José Luís, como o responsável pelo CRUAL Ricardo Rafael mostravam-se receosos que passasse mais uma Primavera, sem que a obra avançasse.

O mau estado em que o “relvado” atualmente existente se encontra afeta, principalmente, o CRUAL, já que, admite José Luís, os clubes de atletismo o usam, essencialmente, para o lançamento do martelo.

«Passado um ano, está tudo na mesma. Nós tínhamos começado a fazer um trabalho para renovar o relvado, apesar de não termos muitas condições, e até estava a correr bem. Fizemos uma primeira experiência e já tínhamos perspetiva  de evolução, a partir de uma avaliação feita pelos professores das Universidade do Algarve Carlos Guerrero, de Agronomia, e Paula Farrajota, de Arquitetura Paisagista» disse Ricardo Rafael.

Segundo o responsável pelo CRUAL, o Clube de Rugby tinha já garantida a relva, doada por campos de golfe da região, e o apoio técnico de especialistas na área, até porque há muitos ex-atletas do clube que se formaram na área.

Esta solução ficou pelo caminho, com a assinatura do protocolo. «Eu sei que o bom é inimigo do ótimo. A nossa solução pode não ser perfeita, mas iria resolver o problema», considerou.

José Luís e Ricardo Laginha RafaelA ideia era tornar o campo utilizável para jogos, já que os praticantes de râguebi se veem obrigados a usar outros campos, por não haver condições para fazer uma partida desta modalidade no da Pista de Atletismo de Faro. «Até temos recusado propostas de clubes que querem vir aqui treinar connosco, por não termos condições. Estes clubes trariam dezenas de pessoas para o concelho, que iriam dinamizar a economia local», defendeu.

António Barão admitiu «que houve alguns atrasos» e que as «coisas demoram o seu tempo», assegurando que o próprio Farense queria «que as coisas estivessem prontas há mais tempo». Até porque, atualmente, a equipa profissional do Farense «tem treinado em São Brás de Alportel, o que não dá nenhum jeito, além de representar um custo acrescido».

Segundo António Barão, as obras a levar a cabo consistem na «colocação de uma nova caixa de areia», uma vez que «o relvado foi mal feito e a que lá está não serve». Depois, além de plantar um relvado, será instalado um novo sistema de rega, incluindo uma ligação à rede que foi destruída durante as obras de construção da Variante Norte a Faro e assim se mantém há alguns anos.

Quanto a eventuais limitações à utilização da Pista de Atletismo, durante a execução das obras – um receio demonstrado por José Luís, após a assinatura do protocolo – não existirão. «As obras não vão limitar em nada a utilização da pista de atletismo», assegurou António Barão.

José Luís, assegurou, por seu lado, que a Associação de Atletismo não contestou o Protocolo em si, assegurando que nada tem contra o facto de o Farense utilizar o espaço, mas sim, «não ter sido informada pela autarquia», sobre o protocolo.

«Isto é uma Pista de Atletismo, feito para esta modalidade, e não um campo de futebol com uma pista à volta. O que nós queremos é que, quem já cá estava, seja respeitado», disse.

O presidente do Farense reafirma o compromisso de que haverá respeito pelos interesses de todos os clubes que utilizam a pista.

«O objetivo do Farense é contribuir para que todos tenham melhores condições. Há espaço para todos. Os treinos da nossa equipa principal até serão, quase sempre, de manhã», assegurou.

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