Tertúlia Farense debateu livro-poema de Fernando Cabrita

A Tertúlia Farense voltou a reunir-se no dia 24 de outubro, desta vez com um especial enfoque na cultura. O […]

A Tertúlia Farense voltou a reunir-se no dia 24 de outubro, desta vez com um especial enfoque na cultura. O convidado foi o escritor algarvio Fernando Cabrita, que apresentou o seu livro-poema «Panfleto», mas também foi dada a oportunidade a Luís Santos de falar da exposição com trabalhos seus, patente na Baixa de Faro.

O grupo informal de cidadãos farenses convidou, desta feita, um olhanense, para falar da sua obra. Fernando Cabrita aceitou o convite para debater o seu livro, embora tenha realçado que «um poema não se explica». Mas, acrescentou, abriu «uma exceção» no caso da Tertúlia Farense.

«O Panfleto é um desabafo e não só sobre a situação política do país; a grande tristeza que transmite o poema é sobretudo porque não houve uma evolução séria ao longo dos anos, de resto ao longo de séculos desde a mudança dos regimes em monarquia até à revolução republicana que durou 16 anos. Sempre as classes políticas repartiram entre si o erário público, a vida política foi quase sempre uma grande vergonha. O objectivo da classe política não é pensar na coisa publica, mas como se governar melhor.

Falou do carreirismo político e da desilusão que aflora nas linhas do Panfleto. O livro tem por trás algumas figuras tutelares, Álvaro de Campos, Cesário Verde (que Fernando Pessoa venerava), António Nobre. E falou de Manuel Moya, poeta de Cartagena, que até diz com graça que “quando chove na minha terra é chuva portuguesa”», ilustrou a Tertúlia Farense.

Noutro campo da cultura, o 67º encontro informal de cidadãos de Faro serviu ainda para divulgar a exposição com 34 obras e Luís Santos, patente na loja do cruzamento da Rua de Santo António com a Rua da antiga estação dos CTT da Pontinha.

Comentários

pub