O Bloco de Esquerda uniu-se ao protesto dos pescadores de Tavira e exige que o serviço de salva-vidas, que foi recentemente limitado, volte a ter um caráter permanente. Em causa a decisão de retirar a tripulação do salva-vida de Tavira (não a embarcação em si), que passará a ser operado por uma equipa comum a diversos portos do Sotavento, que irá rodar por diferentes localidades, em dias distintos.
O BE juntou-se a uma manifestação que decorreu esta sexta-feira, junto à Capitania de Tavira, solidarizando-se «com a luta da comunidade piscatória Tavirense». «Retirar o serviço de salva-vidas no porto de Tavira visa objetivamente acabar com a pesca em Tavira, constituindo, como tal, um ataque à cidade de Tavira e à sua tradição marítima por parte do governo PSD-CDS», acusou o BE, numa nota de imprensa.
«A recente retirada do serviço de salva-vidas do porto de Tavira equivale a acabar com os bombeiros numa zona de floresta», compararam os bloquistas.
O presidente da Câmara de Tavira Jorge Botelho também se manifestou contra esta medida na sua tomada de posse, esta semana, garantindo que tudo irá fazer para que volte a existir uma tripulação em permanência em Tavira. «Os pescadores não podem estar à espera do dia em que cá esteja a tripulação para sair para o mar, ilustrou.
Já o BE lembrou que «o porto de Tavira recebe a descarga da pesca de mais de 100 embarcações de Vila Real a Olhão, e também recebe pela sua barra um movimento equivalente de embarcações relacionadas com as atividades náuticas de lazer e desporto».
«As atuais condições da barra constituem um perigo para o tráfego marítimo e o molhe de levante está em ruína acelerada, agravado pela proximidade do inverno. Neste quadro, acabar com o serviço de salva-vidas significa pôr em risco a vida dos pescadores, bem como de todos os utentes das atividades náuticas locais e do tráfego de embarcações para Vila Real ou Olhão», considerou.
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