Covid-19: Portugal sai da “lista vermelha” do Reino Unido

Ligações aéreas vão ser retomadas, mas britânicos estão ainda proibidos de viajar para férias

Nuno Costa|Foto de Arquivo

O Reino Unido vai autorizar os voos diretos e retirar Portugal da “lista vermelha” de países cujos viajantes estão sujeitos a quarentena em hotéis no Reino Unido a partir de sexta-feira, anunciou, esta segunda-feira, o Ministério dos Transportes britânico.

No anúncio refere-se que serão também retomadas as ligações aéreas.

A decisão foi tomada “na sequência de indícios de que se reduziu o risco de importação de uma variante preocupante destes destinos”, explica em comunicado, salientando que “Portugal adotou medidas para mitigar o risco das suas ligações com países onde as variantes se tornaram uma preocupação e agora tem vigilância genómica em vigor”.

Todavia, as ligações aéreas não deverão ser retomadas imediatamente, já que o Governo português prolongou até 31 de Março a suspensão dos voos, comerciais ou privados, com origem ou destino no Reino Unido e Brasil.

Apesar deste alívio das restrições, o regime de confinamento devido à pandemia de Covid-19 mantém-se em Inglaterra, pelo que continua a ser proibido viajar sem justificação válida, como férias, e a circulação está essencialmente limitada a nacionais e residentes dos dois países.

As pessoas que cheguem ao Reino Unido continuam também sujeitos a quarentena de 10 dias e três testes, um antes do embarque, e dois, ao segundo e oitavo dia da quarentena obrigatória de 10 dias, que pode assim ser feita na respetiva residência.

Portugal é o único país europeu numa lista de países africanos e sul-americanos cujas viagens para o Reino Unido estão proibidas para reduzir o risco de importação de variantes do novo coronavírus mais infecciosas e resistentes às vacinas, como aquelas descobertas no Brasil e África do Sul.

Os viajantes dos 33 países da chamada “lista vermelha”, que incluem também o Brasil, Angola, Cabo Verde e Moçambique, são obrigados a cumprir quarentena de 10 dias num hotel designado pelas autoridades e pagar o custo de 1.750 libras (2.030 euros).

A medida foi introduzida a 15 de Fevereiro, mas o Reino Unido já tinha suspendido os voos diretos de Portugal a 15 de Janeiro, medida que Portugal reproduziu a 23 de Janeiro.

 



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