Incêndio no Estaminé reduz «vida de trabalho a cinzas»

«Ardeu tudo, até o álbum de fotografias»

«Uma vida de trabalho, tudo reduzido a cinzas». As palavras, ditas com a voz embargada, são de José Vargas, proprietário do restaurante Estaminé, na Ilha Deserta (Faro), que ardeu por completo na noite desta terça-feira, 2 de Março. 

O empresário falou com o Sul Informação, minutos depois de este ter chegado à Deserta, onde encontrou um cenário de total destruição. «Ardeu tudo, até o álbum de fotografias», relatou.

O Estaminé estava em obras, «aproveitando este período sem atividade», e o próprio José Vargas tinha lá estado ontem, até às 18h00, mas, à hora do incêndio, não estava ninguém no local.

«Estávamos a usar esta altura em que estávamos fechados para melhorias, com vista a uma abertura na época mais alta e agora aconteceu isto», disse, emocionado.

Quanto às causas do incêndio, são uma incógnita. «Não sei o que se terá passado. Agora, vem cá a Polícia Judiciária e espero que me possam dizer alguma coisa, porque o que aconteceu em concreto, infelizmente, também não sei».

Além do alarme da central de segurança, José Vargas soube do que se estava a passar, na noite de ontem, por uma chamada «de um pescador».

«Ligou-me a dizer que o restaurante estava a arder e que tinha ouvido explosões, provavelmente das bilhas de gás. Fui à janela e vi logo o que estava a acontecer», relata.

Apesar dos prejuízos avultados, José Vargas recusa atirar a toalha ao chão e também já pensa no futuro.

«Vou ativar o seguro, tentar perceber o que se passou e reconstruir tudo, porque temos 33 pessoas a nosso encargo. É nisso que penso».

 

 

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