ACRAL diz que situação do Algarve exige «resposta imediata do Governo»

«Precisamos de medidas efetivas, concretas e imediatas para salvar o que resta das empresas e dos empregos no Algarve»

Foto: Flávio Costa | Sul Informação

A Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL) diz que a situação económica «exige uma resposta imediata por parte do Governo». 

Em nota de imprensa, enviada esta segunda-feira, 23 de Novembro, esta associação conta que «decidiu realizar um inquérito aos seus associados, cuja temática incidiu no “Impacto da Pandemia na Economia Regional”».

De acordo com os dados do inquérito, «constatou-se que, das respostas obtidas, 51,4% correspondiam a empresas cuja atividade principal é o comércio, 40% dizem respeito aos serviços e 8,6% à Hotelaria e Restauração», começa por explicar a ACRAL.

«Os efeitos resultantes desta pandemia fizeram com que mais de 91% dos empresários fossem prejudicados nas suas atividades nos últimos oito meses. Registou-se igualmente uma descida elevada nas receitas das empresas, na ordem dos 65%, essencialmente devido à diminuição de vendas e consequente quebra da procura», diz ainda.

«O panorama económico vê-se totalmente modificado em virtude da pandemia, sendo uma das maiores consequências o aumento da taxa de desemprego. Verificou-se que 60% dos inquiridos admitem ter de recorrer à demissão de colaboradores», segundo a ACRAL.

Com base nisto, «os empresários pretendem que seja efetivada uma redução da carga fiscal, bem como criação de apoios reais à tesouraria das empresas, como medidas de combate a esta crise, para que se consigam minimizar os efeitos negativos provenientes da pandemia».

«Foram muitas as empresas que recorreram a apoios provindos do Estado. Ainda que, se tenha registado uma adesão significativamente alta, cerca 80% dos inquiridos considera que os apoios foram insuficientes e ficaram muito aquém das necessidades», explica a ACRAL.

Após análise, esta associação constatou-se ainda que, «70% dos empresários, equacionam o encerramento parcial ou total da atividade, uma vez que não acreditam em qualquer tipo de recuperação nos próximos 12 a 18 meses. Nesse sentido, prevê-se que a retoma económica não se concretize antes de 2022».

A Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve pede, assim, que «sejam colocadas em prática medidas que ajudem a reduzir a recessão económica, uma vez que, medidas a avulso não dão resposta às adversidades sentidas pelos empresários».

«Os nossos governantes não podem continuar a ignorar a situação de agonia que se vive no Algarve, como foi amplamente reconhecido não só pelo primeiro ministro, como pelo ministro da Economia e até pelo Presidente da República, o Algarve vive uma situação mais grave que qualquer outra região do nosso país. Precisamos de medidas efetivas, concretas e imediatas para salvar o que resta das empresas e dos empregos no Algarve. Os algarvios exigem ao Governo respeito para com a situação que estamos a viver», conclui a ACRAL.

Comentários

pub