Os 30 ventiladores, comprados pela AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve, têm «problemas técnicos» e não estão a ser usados pelos hospitais da região.
A situação foi avançada pelo Correio da Manhã. Segundo este jornal, «os equipamentos, que chegaram em duas tranches – primeiro 20 ventiladores e depois os restantes dez – apresentam falhas técnicas, impedindo por enquanto a sua utilização».
Na conferência de imprensa desta sexta-feira, 17 de Julho, de balanço da pandemia, a ministra da Saúde falou sobre o assunto.
«Tanto quanto é do meu conhecimento, os ventiladores não foram comprados pelo SNS. Foram uma doação e o generoso doador está já a tratar das questões com o fornecedor», disse.
Estes equipamentos, que custaram perto de 2 milhões de euros, pagos pelos municípios, foram comprados pela AMAL, em parceria com o Algarve Biomedical Center (ABC) e entregues, no passado dia 26 de Maio ao Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) para serem usados nos hospitais de Faro e Portimão.
Em declarações ao Público, António Pina, presidente da AMAL, disse que o problema afeta todos os ventiladores, aguardando-se o relatório final dos Serviços de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH).
Numa resposta a este jornal diário, o Centro Hospitalar Universitário do Algarve adiantou que, «caso se verifique alguma anomalia com os equipamentos, o relatório será enviado à entidade responsável pelo donativo para que possa articular com o fornecedor».
António Pina, por seu lado, explicou que «os equipamentos passaram por uma bateria de testes e num ou dois não terão atingido os parâmetros expectáveis».
Os ventiladores foram «comprados a uma empresa chinesa e têm certificados», acrescentou. O também presidente da Câmara de Olhão acredita, de resto, que o problema será fácil de resolver.
Quanto a Nuno Marques, presidente do ABC, admitiu, em declarações ao Correio da Manhã, «desconhecer» as dificuldades dos ventiladores.
Certo é que, na visão de José Apolinário, secretário de Estado coordenador da resposta à pandemia no Algarve, a região não tem «falta de ventiladores».
Ao Público, Apolinário disse que «foram sinalizadas algumas inconformidades» nestes equipamentos comprados pela AMAL, mas o Governo está «disponível para colaborar com a AMAL».
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