«Melhor Volta ao Algarve de sempre» tem Nibali, Rui Costa, Kwiatkowski e Thomas

Corrida foi apresentada esta terça-feira, 4 de Fevereiro, no edifício da Região de Turismo do Algarve, em Faro

A 46ª Volta ao Algarve vai estar na estrada de 19 a 23 de Fevereiro com «o melhor pelotão de sempre». Ciclistas como Vicenzo Nibali, Rui Costa, Michal Kwiatkowski, Geraint Thomas e André Greipel já são presenças confirmadas, num evento que terá, pela primeira vez, transmissão televisiva na América Latina. 

A corrida, apresentada esta terça-feira, 4 de Fevereiro, no edifício da Região de Turismo do Algarve, em Faro, foi promovida à categoria UCI ProSeries e terá 175 corredores, de 25 equipas, 12 delas do WorldTour: a liga dos campeões do ciclismo mundial.

Cinco conjuntos são ProTeam (Alpecin-Fenix, Caja Rural-Seguros, Circus-Wanty Gobert, Fundación-Orbea e Uno-X Norwegian Development Team), estando também reservadas oito vagas para equipas continentais portuguesas (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel, Aviludo-Louletano, Efapel, Kelly-InOut-Build, LA Alumínios-LA Sport, Miranda-Mortágua, Rádio Popular-Boavista e W52-FC Porto).

Em ano de Jogos Olímpicos, estarão na corrida os seguintes campeões olímpicos de estrada: Greg van Avermaet (CCC Team), Elia Viviana (Cofidis).

Também marcarão presença Rohan Dennis (Team INEOS), campeão do mundo de contrarrelógio, Mathieu van der Poel (Alpecin-Fenix), campeão mundial de ciclocrosse, Mikkel Bjerg (UAE Team Emirates), tricampeão mundial de contrarrelógio em sub-23, e Roger Kluge (Trek-Segafredo), campeão mundial de madison – ciclismo de pista.

Os nomes grandes, este ano, são uma verdadeira constante no pelotão da Algarvia.

 

Michal Kwiatkowski a festejar a vitória na etapa e na Volta – foto: Nelson Inácio|Sul Informação

 

Ciclistas como Vicenzo Nibali, que já conquistou o Tour de França, a Vuelta (Espanha) e o Giro (Itália), Michal Kwiatkowski (Team INEOS), que já foi campeão do mundo e vencedor da Volta ao Algarve, e o português Rui Costa (Team Emirates) campeão do mundo e vencedor de provas como a Volta à Suíça e de etapas no Tour, vão também marcar presença.

A estes juntam-se Geraint Thomas (INEOS), antigo vencedor da Volta a França, Bauke Mollema (Trek-Segafredo), Daniel Martin (Israel Start-up Nation), o sprinter André Greipel, da mesma equipa de Martin, e Philippe Gilbert (Lotto Soudal).

Este ano, o traçado da Algarvia será um pouco diferente. A tradicional chegada ao Malhão não encerrará a prova que terminará, ao invés, com um contrarrelógio em Lagoa.

Aos jornalistas, Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, explicou que esta «foi uma opção de natureza desportiva, mas também está relacionado com o facto de ser domingo de Carnaval, numa cidade como Loulé, tivemos de fazer um acerto».

«A corrida, em termos gerais, alterou de forma a que o evento continue interessante. Este é um evento desportivo muito equilibrado que permite que qualquer atleta ao encare como uma oportunidade. Associar o seu nome ao histórico da Volta ao Algarve também traz prestígio», defendeu.

 

 

Para o presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, «esta deixou de ser uma prova para treino e passou ser uma corrida para ganhar», garantiu ainda.

«Temos aqui um grupo de atletas jovens que são as grandes figuras do mundo da atualidade, com outros com um estatuto imenso. Temos corredores para vencer etapas, para sprintar, para vencer contrarrelógios. Diria que será mesmo o pelotão de todos os tempos», acrescentou.

A 46ª Volta ao Algarve terá cinco etapas e um total de 771,4 quilómetros. Começa com uma ligação de 195,6 quilómetros, entre Portimão e Lagos, prevendo-se uma chegada ao sprint. A segunda tirada liga Sagres ao alto da Fóia, em Monchique, ao longo de 183,9 quilómetros, adivinhando-se que seja o primeiro confronto entre os candidatos à camisola amarela final.

Os velocistas têm nova oportunidade na terceira etapa, a mais longa da competição, 201,9 quilómetros, entre Faro e Tavira.

Ao quarto dia, o pelotão parte de Albufeira para chegar no alto do Malhão, em Loulé, depois de cumpridos 169,7 quilómetros. A corrida termina com a chamada prova da verdade, um contrarrelógio individual de 20,3 quilómetros, com início e final em Lagoa.

A Volta ao Algarve volta a ter transmissão televisiva, algo visto como essencial para João Fernandes, presidente da Região de Turismo.

 

 

«Esta é uma prova de promoção da região com uma visibilidade que nos faz continuar esta aposta. No ano passado, chegámos a mais de 100 países e 150 milhões de lares, mostrando este nosso fabuloso destino. Na estruturação da promoção turística, o cycling tem um papel importante e tem sido um factor de diversificação da oferta», defendeu.

O evento, este ano, terá transmissão em direto para 83 países. Toda a Europa será coberta pela transmissão da Eurosport, mas, desta vez, existe a novidade de a Noruega poder também ver a corrida em canal aberto, através da TV2.

A Algarvia também será exibida na Austrália, Ásia e, pela primeira vez, na América Latina, através da Claro Sports.

Em termos de eventos paralelos, haverá o “Ciclismo Vai à Escola”. As atividades terão lugar na partida das três primeiras etapas, em Portimão, Sagres e Faro. Já Albufeira, local de onde partirá a quarta etapa, irá acolher o Passeio da Família.

Lagoa, por sua vez, receberá o Algarve Granfondo Cofidis. As inscrições ainda estão abertas e há dois percursos à disposição dos participantes, um com 121 e outro com 78,7 quilómetros.

 

Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação

 

 

Percurso:

19 de Fevereiro – 1ª Etapa: Portimão – Lagos, 195,6 km

20 de Fevereiro: – 2ª Etapa: Sagres – Fóia (Monchique), 183,9 km

21 de Fevereiro – 3ª Etapa: Faro – Tavira, 201,9 km

22 de Fevereiro – 4ª Etapa: Albufeira – Malhão (Loulé), 169,7 km

23 de Fevereiro – 5ª Etapa: Lagoa – Lagoa, 20,3 km (CRI)

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