Centro de Educação e Cultura de Quarteira vai ter auditório e escola pública de dança

Obra vai custar cerca de 7 milhões de euros

O desejo já é muito antigo e será enfim concretizado. O Centro de Educação e Cultura de Quarteira vai ser uma realidade, esperando-se que as obras arranquem em 2021. O espaço vai incorporar um grande auditório, com 499 lugares, bem como uma escola pública dedicada ao ensino da dança. 

O futuro Centro de Educação e Cultura de Quarteira nascerá num terreno perto da rotunda da Avenida Papa Francisco, junto ao Continente.

Ao Sul Informação, Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé, não escondeu a alegria. «Quarteira sempre quis e reivindicou um espaço para a cultura. Vem tarde, mas este será um dos equipamentos mais marcantes da região», garantiu.

Para se chegar a este ponto – quando já existe um projeto feito – houve trabalho feito anteriormente.

Após um concurso público de conceção do Centro de Educação e Cultura de Quarteira, promovido pela autarquia e com a consultadoria da Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitetos, o júri, composto pelo arquiteto Gonçalo Byrne, o coreógrafo Rui Horta, e personalidades da programação cultural e da educação, como Manuel Rocha, José Bastos e João Aidos, decidiu «por clara unanimidade» atribuir o 1º lugar ao arquiteto Pedro Domingos.

A proposta vencedora bateu 28 concorrentes e está agora exposta, na Galeria do Praça do Mar, para que os quarteirenses possam ver como será a futura infraestrutura. A mostra foi inaugurada no passado sábado, 14 de Dezembro, e estará patente até 11 de Janeiro.

 

 

Na ocasião, Gonçalo Byrne, responsável pelo projeto do Teatro das Figuras, em Faro, referiu que, «além dos edifícios, a proposta vencedora cria um sítio, um lugar de referência» e tem como ponto central um jardim interior, na tradição árabe que ficou bem patente no Algarve. 

Ao nosso jornal, Vítor Aleixo elogiou os «diversos aspetos meritórios do projeto». «É uma proposta inovadora, com essa praça central que dará acesso tanto ao auditório como à escola pública de dança. O projeto inclui medidas como o aproveitamento de águas pluviais e os edifícios serão energeticamente sustentáveis», explicou o autarca.

Para Pedro Domingos, o autor do projeto, «além de atrair os normais utilizadores do futuro edifício, pretende-se que este seja um Centro à escala da cidade» e que constitua «um espaço público que possa ser para todos, tendo uma utilização autónoma». 

Uma das grandes particularidades deste Centro de Educação e Cultura é que, além de um auditório e uma biblioteca, vai incorporar uma escola pública de ensino da dança.

«Rapidamente percebemos que um centro cultural, por si só, era insuficiente. Quarteira precisa igualmente de alargar a sua oferta no campo do ensino público e, depois do sucesso em Loulé com o Conservatório de Música de Loulé Francisco Rosado, surgiu a ideia de criar aqui uma escola pública para o ensino da dança», disse Vítor Aleixo. 

Para o autarca, esta era uma «oportunidade que não podíamos perder», sublinhando o facto de «não se tratar de uma escola convencional, mas de um espaço direcionado para o ensino de uma disciplina artística e criativa». 

Se tudo correr bem, garantiu Vítor Aleixo ao Sul Informação, «as obras arrancarão em 2021». «Agora vamos passar à fase das especialidades, atendendo à sofisticação do projeto», explicou ainda.

Esta é uma empreitada com um custo de cerca de 7 milhões de euros.

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