Portimão recebe concerto inaugural do Festival de Órgão do Algarve

Os concertos realizam-se às 21h30 e são de entrada livre

O concerto de arranque do Festival de Órgão do Algarve terá lugar no dia 1 de Novembro na Igreja Matriz de Portimão, com o organista Gyula Szilágyi e o Coral Adágio, na interpretação do Magnificat de João Rodrigues Esteves.

O órgão de tubos da Igreja Matriz de Portimão, restaurado no ano passado, está já preparado para mais uma edição deste Festival, que tem como objetivo «continuar a conquistar público novo para usufruir de música para órgão, cativar munícipes para a preservação de instrumentos que são património, divulgar música portuguesa e erudita e espalhar pelo Algarve o entusiasmo pelos órgãos históricos».

Gyula Szilágyi estudou no Conservatório em Amsterdão, com Jacques van Oortmerssen e Hans van Nieuwkoop (órgão), Jan Marisse Huizing (piano) e Paul van Nevel (Música Antiga).

Realizou inúmeros concertos em muitos órgãos históricos da Península Ibérica e participou em projetos de restauro de órgãos históricos em Jaén, Cádis e Sevilha.

Conduziu cursos e seminários de interpretação. Em 2018, executou, em sete concertos didáticos, a Facultad Orgánica completa (69 tentos) de Francisco Correa de Arauxo.

Obteve o seu doutoramento em performance em órgão na Universidade de Música Liszt Ferenc, em Budapeste, com a dissertação “A Batalha – A vida de um género na arte do órgão ibérico”. É professor associado de órgão e de órgão litúrgico na Faculdade de Música da Universidade de Debrecen.

 

O Grupo Coral Adágio nasceu em Portimão em 1989. Inclui no repertório peças da Renascença à atualidade, da polifonia sacra aos espirituais negros, passando pela música popular, portuguesa e de outros países.

Do seu percurso destacam-se deslocações aos Açores (1998), Itália (2000), Holanda e Alemanha (2002), Espanha (2002 e 2009), atuações em diversos programas de Rádio (RDP) e Televisão (RTP) e interpretação de missas e óperas de relevo. Realizaram concertos com a Orquestra do Algarve e com a Orquestra do Norte.

Gravou em 2008 o seu primeiro CD exclusivo, (L)atitudeS. Foi agraciado com a Medalha de Mérito Municipal, grau Bronze (2002) e grau Prata (2008). Tem como diretor artístico o maestro António Alves Alferes Pereira.

António Alves terminou o Curso Geral de Piano no Conservatório do Algarve e a Licenciatura em Ciências Musicais na Universidade Nova de Lisboa.

Completou o Mestrado em História Regional e Local (Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa), tendo defendido a sua tese sobre “A Sé de Faro – Homens e Acção Musical (1716/1738)”. Dedica-se há vários anos à direção coral, é professor de Educação Musical e leciona ainda na Academia de Música de Portimão.

 

No dia 8 de Novembro, pelas 21h30, a Igreja Matriz de Portimão receberá também música de câmara para órgão e voz, respetivamente com André Ferreira e Teresa Duarte, no programa “Do lamento à exaltação”.

André Ferreira iniciou os estudos de órgão com António Esteireiro no Instituto Gregoriano de Lisboa, continuando com Jos van der Kooy no Conservatório de Haia. É licenciado em Órgão pelo Conservatório de Amesterdão, onde estudou com Jacques van Oortmerssen, e trabalhou com Pieter van Dijk.

Concluiu o Mestrado em Órgão da Escola Superior de Música de Lisboa, sob a orientação de João Vaz. Como solista ou integrado em diversos agrupamentos musicais já efetuou recitais em Portugal, Espanha, Itália e Holanda. Colabora como organista com a Paróquia de S. Tomás de Aquino e com a Paróquia de Santa Maria de Belém, Mosteiro dos Jerónimos.

É professor de Órgão na Escola Diocesana de Música Sacra do Patriarcado de Lisboa, no Conservatório de Mafra e na Sé Catedral de Faro.

Teresa Duarte concluiu duas licenciaturas em Canto, na Escola Superior de Música de Lisboa e no Conservatorium van Amsterdam. Em Amesterdão, teve a oportunidade de trabalhar com Sasja Hunnego, Floris Visser, Ira Siff, Margreet Honig e Jos van Veldhoven, entre outros. Em ópera interpretou Elle (La Voix Humaine, Poulenc), Dido (Dido e Eneias, Purcell), Pamina (Die Zauberflöte, Mozart) e Suor Dolcina (Suor Angelica, Puccini).

Como membro do Coro Gulbenkian, já foi dirigida por Michel Corboz, Lorenzo Viotti, Esa-Pekka Salonen, Philippe Herreweghe, John Nelson, Joana Carneiro, Lawrence Foster, Paul MacCreesh e Antoni Ros Marbà, entre outros. Teresa tem colaborado com vários ensembles de música de câmara, tendo uma preferência por repertório de Música Antiga.

 

A Associação Música XXI apresenta a 12ª edição do Festival de Órgão do Algarve, de 1 a 30 de Novembro, nas Igrejas de Faro, Portimão, Loulé (Boliqueime) e Tavira. Serão 15 apresentações, com sete organistas e vários cantores/instrumentistas distribuídos por 12 concertos, um concerto pedagógico, uma apresentação de alunos da Escola de Órgão e uma missa acompanhada ao órgão.

Os concertos realizam-se às 21h30 e são de entrada livre.

O Festival de Órgão do Algarve 2019 conta com os apoios da Direção Regional de Cultura do Algarve e dos Municípios de Faro, Loulé, Portimão e Tavira, com o apoio à divulgação da Região de Turismo do Algarve e com os parceiros de comunicação Antena 2, Sul Informação e Rua FM.

Conta ainda com a parceria do Cabido da Sé de Faro, da Ordem do Carmo de Faro, das Paróquias de Portimão, Boliqueime e Tavira e da Misericórdia de Tavira.

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