O «objetivo principal foi atingido», mas João Vasconcelos, deputado eleito pelo Bloco de Esquerda nas Legislativas deste domingo, 6 de Outubro, lamenta que o Algarve tenha ficado «mais pobre em termos de diversidade parlamentar».
Ao Sul Informação, João Vasconcelos, que era o cabeça de lista, mostrou-se contente por o Bloco de Esquerda voltar a conseguir eleger um deputado pelo Algarve.
«O objetivo principal foi atingido. Somos a terceira força política no Algarve e no país», disse.
Ainda assim, o deputado confessou ao nosso jornal que uma das metas, ainda que mais «remota», passava por «eleger um segundo parlamentar».
Certo é que, comparando com as Eleições Legislativas de 2015, o Algarve perdeu a representação de dois partidos: a CDU e o CDS que não conseguiram agora eleger deputados.
«Lamentamos o facto de a CDU ter perdido um deputado porque é uma perda para a esquerda. O Algarve ficou, no geral, um bocadinho mais pobre em termos de diversidade. Passámos de cinco para três partidos, mas vamos continuar a trabalhar em prol do Algarve», disse João Vasconcelos.
Para a próxima legislatura, o deputado do Bloco de Esquerda diz que os temas «principais, pelos quais vamos lutar, estão diagnosticados».
«É preciso dotar os Hospitais de Faro, Portimão e Lagos dos meios humanos e logísticos necessários e avançar com a construção do Hospital Central do Algarve. Vamos ver se serão dados os passos necessários a esse nível», explicou.
«A nível da mobilidade, é necessário acabar com a catástrofe das portagens na A22. A requalificação da EN125, entre Olhão e Vila Real de Santo António, também é imperiosa, bem como a requalificação da ferrovia», acrescentou.
Com os resultados finais quase apurados, o cenário de o Bloco de Esquerda poder entrar no Governo, numa coligação com o PS, parece ser uma hipótese.
Questionado sobre isto, João Vasconcelos foi perentório: «veremos o que acontece nos próximos dias».
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