Teresa Aleixo lança primeiro disco «cheio de influências»

No concerto de apresentação no Club Farense, será tocado todo o álbum e haverá «talvez uma surpresa»

O primeiro disco de Teresa Aleixo, intitulado “Quanto de Mim”, vai ser apresentado este sábado, dia 30 de Março, no Club Farense, às 22h00.

Teresa Aleixo nasceu em Lisboa, mas foi a cidade de Faro que a viu crescer e iniciar o seu percurso no mundo da música. Aos 6 anos, começou a tocar piano e a cantar. Aos 14 iniciou-se na guitarra e na bateria e, já aos 16, entrou na sua primeira banda pop: os Fora da Bóia.

Desde então, nunca mais parou de participar em projetos musicais e de explorar novas sonoridades. Todas elas se juntam neste seu primeiro trabalho.

«É-me muito difícil colocar um rótulo musical neste disco. Considero-o indie pop, mas as minhas influências culminaram num trabalho que tanto pode puxar para o jazz, para o pop rock, ou até para a world music», diz a artista ao Musicália – Sul Informação.

Com os In-tento Trio, Teresa explorou o seu lado mais jazzístico. Depois, passa pelos Blues, na primeira aparição da Blues a Sul – Associação de Blues do Algarve. Da adolescência vem uma influência mais pop. Nos Mundo Pardo teve contacto com um pop mais calmo, com toques de world music. Já no OLudo deparou-se com uma toada mais indie-pop e, com João Cuña, abraçou o Fado.

«Todos os projetos com os quais trabalhei são culpados deste resultado final. Mas isso é algo que acontece inconscientemente. Consegui juntar tudo isso num só disco cheio de influências, numa grande viagem», revela a cantora.

“Quanto de mim” levou algum tempo a ver a luz do dia, mas a música que lhe dá nome já tem quatro anos. Entre tantos projetos musicais, conseguiu ir explorando o seu lado criativo como compositora e colocando as suas experiências e vivências na poesia.

No entanto, seis meses de Erasmus na República Checa adiaram o projeto do disco, mas não lhe colocaram um fim. No regresso, percebeu que trazia mais na bagagem e o processo de gravação do novo material revelou-se moroso.


Isso é «duro e um pouco frustrante. Chegas a um ponto em que já passou tanto tempo desde a criação e gravação que, na fase de misturas, queremos sempre alterar qualquer coisa porque hoje já não cantaria assim, já não tocaria assim. É esse o problema de o processo da criação do disco levar mais tempo do que gostávamos. Estamos em constante crescimento, profissional também, a ouvir muita coisa que nos faz querer criar de uma forma diferente. É frustrante porque queremos ver o resultado final, apresentá-lo e, quanto mais tempo passa, mais a ansiedade aperta».

Mas Teresa Aleixo olha para todo este tempo e não o dá como perdido ou desperdiçado. «Se este tempo todo não tivesse passado, eu não teria conhecido algumas das pessoas com quem trabalhei na fase final a nível de fotografia, design, publicidade ou masterização. Não consegui trazer mais pessoas porque não deu. Não estão presentes mas, de certa forma, as influências que elas me deram estão no disco», revela.

A apresentação do disco vai contar com a presença de muitos dos músicos que participam no disco: Tércio Freire (guitarra), Paulo Franco (bateria), Pedro Batista (baixo), Nuno Campos (teclado) e os convidados Pedro Gil (guitarra eléctrica), Leon Baldesberger (trompete) e Bárbara Santos (violoncelo).

Teresa Aleixo revela que a presença de Bárbara, violoncelista de Riding a Meteor, vem dar «um acrescento fantástico» e adianta que «os ensaios estão a ser muito positivos e estamos muito entusiasmados».

“Pudesse eu” foi o tema escolhido como single do álbum e, curiosamente, «começou por ser um fado, mas depois sofreu uma reviravolta, durante o tal período criativo», revela a cantora.

Teresa Aleixo confessa que a canção fala, como muitas das suas músicas, «de experiências, de histórias, que marcaram o meu percurso. E esta fala de uma situação que pode acontecer a qualquer um de nós».

Maria Miguel foi a bailarina escolhida para dar corpo à história.

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