Mais de meio milhar de surfistas, entre os quais alguns dos mais conceituados atletas da modalidade em Portugal, juntaram-se em Sagres em prol dos oceanos, «a grande causa do nosso século».
Na sua primeira edição, o Paddle Out for Nature teve forte adesão. «Com centenas de surfistas na água, um dos grandes objectivos desta associação está cumprido, unir o mundo do surf nacional nesta cerimónia em Sagres, sensibilizando a população para a grande causa do nosso século, a proteção e defesa da natureza, das praias e dos oceanos», segundo a associação Paddle Out For Nature, que organizou o evento.
Um dos pontos altos do festival, intimamente ligado à filosofia que inspira o evento, a proteção do ambiente, foi o cerimonial Paddle Out, em que mais de cinco centenas de pessoas se fizeram ao mar nas suas pranchas, na Praia da Mareta, e se juntaram ao largo, para sensibilizar para a proteção da natureza.
Esta cerimónia inspira-se num ritual antigo, com origem na Polinésia e Hawaii, que ainda hoje é usado por surfistas em todo o Mundo. No caso deste festival, o objetivo foi consciencializar a comunidade para as questões ambientais, mas o mesmo ritual é, por vezes, usado para homenagear surfistas que se perderam no mar.
Os organizadores salientaram a presença dos surfistas Alex Botelho, Eurico Gonçalves, Dora Gomes, Manuel Mestre (Necas), João Dantas, Sérgio Brandão, Tiago Oliveira, Concha Balsemão, João Mealha, Marco Perini, Filipe Queimada (Kalhi), Manuel Dantas, Roberto Pimenta, João Xufre, Zé Mestre, Eurico Romagueira, bem como dos Clubes e Escolas de Surf algarvias e de «muitos outros surfistas».
O evento que decorreu no passado fim-de-semana foi de consciencialização para a proteção da natureza, mas também de festa. O Forte do Beliche acolheu diversas iniciativas, nomeadamente concertos dos Time For T, Daniel Kemish, Raposeira Dub Colective e Dj set de Toby One, mesas redondas, exposições de arte e mercadinho.
Os investigadores André Pacheco do projeto MORE e Pedro Lima da Sea4us apresentaram alternativas energéticas e modelos de negocio economicamente sustentáveis sem riscos para o oceano e restantes nichos económicos locais, em sintonia com a apresentação da PALP.
O Paddle Out for Nature pretende voltar em 2019. «Até lá, o nosso projeto continua. Vamos construir soluções para os problemas do plástico, caravanismo selvagem, petróleo e redes de pesca fantasma, trabalhando com afinco na nossa missão, sempre com uma comunicação positiva focada nos mais jovens, no futuro», prometeu a associação que organiza o evento.
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