O Mundo a caminho do abismo

Quantas gerações ainda serão necessárias para que a tomada de consciência seja plena?

Palavras alarmistas é o que certamente muitos dirão ao lerem o título deste artigo, mas é por causa das palavrinhas mansas e dos paninhos quentes, que a situação do planeta se vai degradando. E já não é mês a mês – é dia após dia.

Alguma comunicação social vai dando conta de coisas que se passam em vários pontos do mundo, mas a maioria dos media quer saber é de outras notícias que façam sensação, dêem lucros e mais audiências.

O jornalismo em Portugal também deverá ser repensado.

Vamos sabendo que os gelos do Árctico e da Groenlândia estão a derreter a passo acelerado e que o mesmo se passa na Antárctida, É lá muito longe…

O nível dos Oceanos “parece” que está a subir uns míseros (…) centímetros, há uns longínquos países insulares no Pacífico e no Índico que já estão a mudar algumas populações para locais altos mais afastados das praias,

Vamos sabendo que se continuam a registar as temperaturas da atmosfera mais quentes de sempre, desde que há registos, em vários países europeus ou sul-americanos; fenómenos extremos, quer de cheias descomunais,quer de secas prolongadas e letais, ocorrem em todo o mundo.

Populações de muitos milhares de pessoas morrem e sofrem de inanição por falta de nutrientes, sobretudo em África. São seres humanos…

Há já algum tempo foi encontrado mercúrio no leite materno de mulheres no interior de Angola…

O cagarro é uma simpática ave pelágica que tem a sua maior colónia nas Ilhas Selvagens do Arquipélago da Madeira e só vem a terra para nidificar, passando a maior parte do vida no alto mar; na semana passada, foi divulgado um estudo científico indicando que foram encontrados plásticos nos estômagos das muitas crias que morrem no ninho. Não apenas microplásticos, mas objectos diversos que as crias engoliram. Ora a alimentação é trazida pelos progenitores e colhida no alto mar – a que ponto está a chegar a poluição dos oceanos para se darem ocorrências como estas?!

Continuará a haver produtivistas e negacionistas, mas o mais grave é a indiferença da generalidade das populações dos nossos países, a quem estas questões passam ao lado.

Quantas gerações ainda serão necessárias para que a tomada de consciência seja plena e, por causa dela, os Governos sejam mesmo obrigados a governar a SÉRIO?!

 

Autor: Fernando Santos Pessoa é arquiteto paisagista e engenheiro silvicultor…e escreve com a ortografia que aprendeu na escola

 

 

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