Arquivo Ephemera e obras de Ricardo Rebola vão estar em exposição no LAC de Lagos

Inauguração é a 24 de Abril

A exposição “Vem Para a Rua Gritar”, realizada em parceria com o Arquivo Ephemera, e a mostra “Portefólio #02”, de Ricardo Rebola, vão ser inauguradas no dia 24 de Abril, às 18h00, no LAC – Laboratório de Atividades Criativas, em Lagos. Ambas as mostras estarão patentes até ao dia 31 de Maio.

No primeiro caso, a exposição é uma celebração da liberdade e da democracia, capturando momentos cruciais desde o icónico 25 de Abril de 1974. Esta exposição apresenta vídeos, cartazes e graffitis cuidadosamente selecionados pelo Arquivo Ephemera, testemunhos autênticos do período sem liberdade, bem como da Revolução e da consolidação democrática», segundo o LAC.

«Os materiais que o Arquivo Ephemera recolhe, preserva e divulga, passando em especial por todo o século XX e até aos dias de hoje, literalmente hoje, são testemunhos do tempo sem liberdade mas também da Revolução e, depois, da consolidação da democracia e do seu exercício pleno», segundo José Pacheco Pereira, o criador e dono desta biblioteca/arquivo.

Na mostra “Vem Para a Rua Gritar”, os visitantes «serão transportados para uma jornada de décadas de expressão política, refletindo a imaginação, convicções e vontade de cada indivíduo que lutou pela liberdade».

 

Ricardo Rebola

 

A exposição “Portefólio #02” , por seu lado, é realizada em parceria com a APCC – Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra, cidade onde o artista Ricardo Rebola nasceu, há 49 anos.

Foi através da representação da sua cidade – da Torre da Universidade às margens do Mondego – que este artista «primeiro expressou a paixão pelo desenho e pelo mundo da arte, criando um conjunto de exercícios técnicos de aperfeiçoamento».

«Com passagem pelo ensino artístico (na área da cerâmica) e, na APCC – Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra, por atividades em campos diversos, encontrou nos ateliês de expressão plástica a verdadeira vocação. Nos últimos anos, tem vindo a desenvolver uma vasta obra, inserida em diversos projetos promovidos pela associação, focada na figura humana, nas naturezas mortas e nas paisagens», segundo o LAC.

É sobretudo nas paisagens «que mais facilmente se descobre o Ricardo-artista: influenciado pelos impressionistas, exalta a cor através de movimentos pontilhistas e pinceladas curtas, explosões cromáticas feitas de pura emoção. Ricardo Rebola pinta com a naturalidade com que outros escrevem, pelo que os seus gestos ao criar são o espelho das suas sensações».

«Mais recentemente, aprofundou a capacidade excêntrica no uso do pastel, tomando o exagero como traço distintivo e mudando a aparência exata do real, surpreendendo amiúde com essa plasticidade. Mantém uma capacidade de autocrítica que lhe permite um maior envolvimento com a sua obra – “Nem sei como sou capaz de fazer isto, sou um artista!”, refere em alguns momentos -, confirmando que esta não é apenas uma habilidade, um reflexo mecânico ou uma mera imitação, mas sim a sua identidade», conclui a associação cultural lacobrigense.

 

 



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