O Algarve já atingiu uma execução dos fundos europeus do CRESC 2020 superior a 100% e pretende chegar aos 102%, revelou ao Sul Informação José Apolinário, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve.
Isso significa que os 318,6 milhões de euros que o Programa Operacional do Algarve que vigorou entre 2014 e 2020 – cujo prazo limite de execução foi prolongado de 2022 para final de 2024, devido à pandemia – já foram aproveitados e até superados (319 milhões) e permitiram alavancar projetos com um valor total de 497 milhões de euros.
«No que toca aos fundos comunitários, quero sublinhar os investimentos que têm sido feitos nas escolas, na área cultural e na área da saúde», disse ao nosso jornal José Apolinário.
«O Programa 2020 permitiu fazer um conjunto de investimentos muito significativos, de qualidade e excelência, na área da saúde, seja no Centro Hospitalar Universitário do Algarve, no Algarve Biomedical Center (ABC) ou na Universidade, que marcam a diferença», enquadrou
Para este setor, foram destinados cerca de 18,6 milhões de euros de fundos da União Europeia, que alavancaram um investimento total de 28 milhões de euros.
José Apolinário, num documento que compilou sobre a execução dos fundos, destaca os projetos das Unidades de Saúde Móveis de proximidade (600 mil euros de fundos), de apoio a Infraestruturas e Equipamentos de Saúde – CHUA e ARS (7,4 milhões de euros), de apoio à saúde mental e deficiência (6,7 milhões), onde se inclui a ERPI e Centro de Dia – Alzheimer e outras demências da Santa Casa de Castro Marim, e projetos de apoio à terceira idade (3,9 milhões), incluindo a ERPI, Centro de Dia, SAD dos Olhos de Água e a ampliação da ERPI (Terceira Idade) Santa Casa de S. Brás de Alportel.
O mesmo responsável destacou «os equipamentos e investimentos na cultura e na educação».
Nesta última área, foram investidos 36 milhões de euros em infraestruturas escolares, com comparticipação de 30,6 milhões da União Europeia.
No documento, são destacados «os projetos de requalificação de Escolas Básicas 1, 2 e 3 da região (27,2 milhões de fundos) e projetos de remoção de fibrocimento em infraestruturas escolares (3,4 milhões)», bem como os «8 milhões de euros de investimento com um fundo associado de 6,4 milhões» na promoção do sucesso escolar e qualificação dos agentes de educação e formação.
Na área do Património Natural e Cultural, estão previstos «37,4 milhões de euros de investimento, com um fundo associado de 25,2 milhões.
Entre os projetos aprovados, o documento destaca o «Centro Expositivo Multimédia dos Descobrimentos Portugueses (1 milhão euros de fundo, com um investimento associado de 2,8 milhões); Museu Zer0 – Centro de Arte Digital (2,2 milhões); Requalificação da Ponta da Piedade – Lagos (3,1 milhões); Reabilitação do Cine Teatro António Pinheiro – Tavira (4,9 milhões); Remodelação, Modernização e Dinamização do Museu Municipal Dr. José Formosinho (1,8 milhões); Reabilitação dos antigos celeiros de Vila do Bispo – EPAC “O Celeiro da História” (2,3 milhões)», atual Museu de Vila do Bispo.
A CCDR Algarve destaca ainda o investimento elegível aprovado de cerca de 237 milhões de euros e um fundo associado de 117,7 milhões associado às temáticas da Ciência e Competitividade, «que são aqueles que apresentam o maior volume de aprovação».
Também foram destinadas verbas à Reabilitação Urbana – «27 milhões de euros de investimento com um fundo associado de 14,2 milhões» -, à Capacitação e Formação de Adultos, Empregados e Desempregados – 30,6 milhões de investimento/ 24 milhões fundo -, a projetos de inclusão ativa – 34,8M de investimento/27,9M de fundo – e à promoção do empreendedorismo e apoios à criação de empresas – 12,7M de investimento e 10,2M.
«Os investimentos elegíveis aprovados para os Municípios do Algarve totalizam, nesta data, cerca de 117,6 milhões de euros, com um financiamento por fundos europeus de cerca de 89,9 milhões de euros. De realçar que este montante inclui operações em overbooking e algumas operações que serão alvo de faseamento. A taxa de realização destes investimentos é, nesta data, de cerca de 81%», concluiu a CCDR do Algarve.
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