Ligação aérea Portimão/Bragança termina este mês sem data para voltar

No último ano, a Seven Air transportou mais de 10 mil passageiros nesta rota

A ligação aérea entre Bragança e Portimão vai acabar a 28 de Fevereiro e, por agora, não há data para regressar. O grupo Seven Air, que assegura a rota, está disponível para manter o serviço, mas acusa o Governo de se ter atrasado. 

O executivo já autorizou a despesa de 13,5 milhões de euros para a concessão do serviço, durante quatro anos, mas a resolução do Conselho de Ministros só foi publicada esta quarta-feira, 7 de Fevereiro, em Diário da República.

Em declarações ao Sul Informação, Carlos Amaro, administrador da empresa, disse que este avanço «de nada vai adiantar», pelo menos por enquanto.

«Após 28 de Fevereiro, o serviço acabará», adiantou ao nosso jornal.

A Seven Air, garantiu, tem «interesse» em continuar, mas o tempo pode ser um entrave, até porque se segue agora um período de concurso público que poderá demorar meses.

«Não saberemos quanto tempo dura o processo: até lá vamos avaliar, ler o caderno de encargos, e perceber se depois vamos concorrer», disse o responsável.

«Nós temos interesse, mas, se adjudicarmos os serviços a outra linha da Europa… não sabemos», acrescentou.

Nesta resolução do Governo, o valor aumenta de 10,5 milhões – da última concessão – para 13,5, algo que Carlos Amaro vê como «o mínimo» até dado «o aumento do valor do combustível».

Na calha, segundo o administrador, pode estar também uma greve de trabalhadores ainda antes do fim da rota.

No último ano, a Seven Air transportou mais de 10 mil passageiros nesta rota – que parte de Portimão e tem paragens em Tires (Cascais), Viseu e Vila Real até chegar a Bragança.

Segundo a resolução do Conselho de Ministros, destes 13,5 milhões, 937.500 são já este ano: nos outros anos estão previstas despesas de 3,75 milhões (2025, 2026 e 2027) e 1.312.500 euros no último ano: 2028.

Numa resposta enviada à Lusa, o Governo – pelo gabinete do secretário de Estado Adjunto e das Infraestruturas – garantiu que está a «trabalhar» para «acautelar» que a rota não termine.

Na mesma nota, o gabinete de Frederico Francisco diz que esta linha é «um fator de desenvolvimento económico e social, promovendo a coesão territorial, contribuindo para a aproximação das populações aos principais centros de negócio, de ensino e de lazer».

 

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