Série invencível de Henrique Rocha travada nas meias-finais do Vale do Lobo Open II

Número quatro nacional perdeu com Khumoyun Sultanov

Henrique Rocha – Foto: Federação Portuguesa de Ténis

A série de 12 vitórias consecutivas de Henrique Rocha e a invencibilidade do tenista português em Vale do Lobo terminou, após a derrota do número quatro nacional  com Khumoyun Sultanov, na meia final de singulares do Vale do Lobo Open II, ITF M25, que decorre até amanhã na Vale do Lobo Tennis Academy.

A final de amanhã, domingo, terá como protagonistas Khumoyun Sultanov e Jules Marie.

Henrique Rocha iniciou o jogo de acesso à final a vencer por 4-0, mas viu Sultanov arrecadar 10 jogos consecutivos e triunfar por 6-4 e 6-2 para se vingar da derrota infligida pelo português nas meias-finais da semana passada.

Com um pequeno incómodo no ombro direito, o tenista de 19 anos não apresentou um serviço e uma direita ao nível do que vinha a produzir recentemente e saiu derrotado em 1h31 minutos.

«Não estava à espera de tão bom nível por parte dele. A semana passada tive um jogo duro contra ele, mas, como disse, não tinha sido dos meus melhores encontros da semana. Entrei bem no duelo, mas o 4-0 era enganador porque estava um jogo dividido e estava a cair tudo para o meu lado. Até ao 6-4 foi equilibrado, só que estava tudo a correr bem para ele. Ele serviu melhor do que eu e foi aí que fez a principal diferença, tal como a resposta», analisou Rocha no final do compromisso.

O mérito de Sultanov, para o tenista luso, nem se pode questionar: «No aquecimento senti um pouco o ombro, mas não foi nada de especial e mesmo no encontro também não senti nada de especial. Na direita estava a sentir um pouco, a bola dele é muita reta e quando jogava mais rápido às vezes sentia algo. Nada de especial nem preocupante».

«Ele falhou muito pouco. Tentei variar com uns slices, subir à rede para ver se ele perdia um pouco as referências na resposta, mas de facto ele jogou sempre bem. Tentei passar um pouco por tudo, mas ele manteve-se sempre muito sólido e mereceu ganhar», sublinhou.

 

 

Terminaram, desde modo, «duas campanhas de relevo para Henrique Rocha: perdeu pela primeira vez nestas duas semanas de Vale do Lobo (vinha de título na primeira semana e oito triunfos seguidos em singulares, a juntar aos quatro de pares ao lado do irmão no primeiro troféu desta quinzena) e viu interrompida uma série de 12 sucessos consecutivos, iniciados no Jamor a caminho do título nacional absoluto, e 21 nos últimos 22 embates», segundo a Federação Portuguesa de Ténis, que organiza a prova.

O sonho do Australian Open não está, no entanto, colocado de parte e o jovem portuense segue agora para a Maia para disputar o Challenger da categoria 100, no qual deverá precisar de somar duas vitórias (atualmente está no posto 277 ATP e entrará no derradeiro torneio do ano no top 250) para poder ingressar no primeiro qualifying da época 2024 em provas do Grand Slam.

Para Sultanov, 436.º do ranking e antigo top 300 em 2020, a desforra deste sábado garantiu a quarta final da temporada e a nova da carreira. O sexto-pré-designado ainda procura o primeiro troféu de 2023, mas no seu palmarés possui três, dois na categoria ITF 25.

No derradeiro embate do torneio, o melhor tenista do Uzbequistão terá pela frente o francês Jules Marie (253.º). O segundo cabeça de série superou Paul Jubb (894, mas ex-196.º) em 2h57 minutos com os parciais de 6-7(7), 6-4 e 6-3.

O experiente gaulês de 32 anos liderou por 5-3 no primeiro parcial e dispôs de um set point, mas lidou bem com a frustração para se impor em três duros sets, anulando duas vezes um break de desvantagem na infância do segundo parcial.

A final do Vale do Lobo Open II – marcada para as 12 horas deste domingo com entrada livre a todos os presentes – será a sétima do ano (30.ª da carreira) para Jules Marie, que vai à procura do quinto troféu do ano (18.º do palmarés), primeiro desde que arrecadou o Porto Open (também ITF M25) no final de Julho.

Em caso de sucesso, o francês vencerá o quarto título em solo nacional, já que em 2013 saiu com sucesso duplamente em Guimarães.

A fechar o penúltimo dia da quinzena, David Poljak e Matej Vocel (terceiros cabeças de série) venceram uma final de pares 100% checa face a Hynek Barton e Michal Lusovsky (quartos favoritos e finalistas igualmente no primeiro torneio). O desafio encerrou com os parciais de 4-6, 6-3 e 11-9 e Poljak e Vocel salvaram um championship point a 9-8 do match tie-break.

 

Fotos: Federação Portuguesa de Ténis

 



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