Nuno Marques ganha Prémio de Saúde Pública Francisco George

Apesar de só ter recebido o prémio este ano, o ex-presidente do Algarve Biomedical Center é, na prática, o primeiro vencedor do galardão

O médico Nuno Marques, ex-diretor do Algarve Biomedical Center e que se notabilizou na resposta à pandemia de Covid-19, foi galardoado na quarta-feira com o Prémio de Saúde Pública Francisco George, relativo à edição de 2019 do galardão, tornando-se assim o primeiro vencedor desta iniciativa do Ministério da Saúde.

O cardiologista, que é hoje o diretor do Centro de Competências de Envelhecimento Ativo (CCEA), que tem sede em Loulé, e o coordenador do Plano Nacional para o Envelhecimento Ativo e Saudável, foi galardoado pelo trabalho “Loulé Coração Seguro – Rede Concelhia de Desfibrilhação Automática Externa”.

«É para mim uma grande honra ter sido o primeiro a ser reconhecido por um prémio desta magnitude», disse ao Sul Informação Nuno Marques, que recebeu o prémio das mãos de Manuel Pizarro, ministro da Saúde, e do próprio Francisco Jorge, que dá nome ao prémio e cujo legado é «um marco na Saúde Pública a nível nacional».

Lançado pelo Ministério da Saúde em 2018, o Prémio de Saúde Pública Francisco George tem como objetivo dinamizar a apresentação de estudos e trabalhos de investigação inéditos na área da saúde pública.

O trabalho vencedor, à semelhança das outras candidaturas à edição de 2019, ficou «por apreciar devido à pandemia por Covid-19».

No entanto, em Março deste ano, e após uma alteração à composição do júri do prémio, todas as candidaturas então apresentadas «foram consideradas automaticamente submetidas».

Isto levou a que Nuno Marques tenha sido «apanhado desprevenido. Só soube que fui premiado na segunda-feira. Foi uma surpresa agradável», disse.

 

 

No final, «o júri deliberou atribuir o Prémio a Nuno Silva Marques, autor de “Loulé Coração Seguro – Rede Concelhia de Desfibrilhação Automática Externa”», trabalho que «descreve o processo de implantação de um Plano de Formação em Suporte Básico de Vida (SBV) e do programa de Desfibrilhação Automática Externa (DAE) no Concelho de Loulé», segundo o Ministério da Saúde.

«2019 foi um ano em que estávamos a trabalhar muito no projeto da rede de desfibrilhadores automáticos, no concelho de Loulé. Esta rede já salvou vidas e continuará a fazê-lo, pelo que já atingiu os seus objetivos», considerou Nuno Marques.

Também relativamente à edição de 2019, o júri atribuiu  uma menção honrosa ao estudo “iTEAMS | A fibra da emergência”, projeto implementado pelo Instituto Nacional de Emergência Médica que facilita o alerta precoce. O trabalho é da autoria de Luís Manuel Ladeira, João José Lourenço, José António Sousa e Filipa Maria Barros.

O vencedor da edição de 2022, cujo prémio foi entregue na mesma cerimónia, na quarta-feira, foi o trabalho “Spatial analysis of determinants of COVID-19 vaccine hesitancy in Portugal”, que tem como autor correspondente André Peralta-Santos. São co-autores C. Pinto de Carvalho, M. Ribeiro, Diogo Godinho Simões, P. Pita Ferreita, l. Azevedo, L. Gonçalves e Pedro Pinto Leite.

 

 

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