Dominika Salkova faz a “dobradinha” no Loulé Ladies Open by Cimpor

«Joguei muito bem e tenho de dizer que fiquei surpreendida», disse a tenista

A checa Dominika Salkova viveu um domingo perfeito e sagrou-se, ontem, 29 de Outubro, campeã de singulares e de pares (ao lado da húngara Natalia Szabanin) da terceira edição do Loulé Ladies Open by Cimpor.

Se na véspera foi impedida de celebrar ao ver a final de pares ser interrompida pela chuva, este domingo, no campo coberto do Clube de Ténis e Padel de São Brás de Alportel, a jovem de apenas 19 anos (já no 281.º lugar do ranking WTA) fez a festa não numa, mas em duas ocasiões: primeiro ao derrotar a italiana Silvia Ambrosio (264.ª WTA) na final de singulares, por 6-1 e 6-2; e depois ao completar a recuperação com Natalia Szabanin para vencer as russas Daria Khomutsianskaya e Evialina Laskevich por 4-6, 6-2 e 10-1.

Os parciais da final de singulares revelam o desequilíbrio verificado entre Salkova e Ambrosio, respetivamente quinta e primeira cabeças de série.

A tenista da República Checa resolveu a luta pelo título em apenas 62 minutos num encontro de sentido único em que tudo lhe correu bem. A pancada de direita de Salkova foi chave do duelo pela forma como variou entre bolas com muito spin, outras mais chapadas e sobretudo com diferenças de velocidade para desmontar o jogo de Ambrosio e levar a italiana ao desespero tal foi a eficácia que apresentou.

O braço de ferro começou com um jogo muito equilibrado no serviço de Salkova, apenas decidido à sétima vantagem, mas a partir daí o domínio foi evidente, pois só noutras duas ocasiões — já no segundo set — é que as duas discutiram vantagens, sempre com o mesmo desfecho.

«Joguei muito bem e tenho de dizer que fiquei surpreendida porque estava nervosa por causa da mudança de condições. Não sabia o que esperar do campo coberto, mas a verdade é que joguei muito bem e para ser sincera saiu-me tudo de forma perfeita», começou por dizer ainda antes de ter retomado a final de pares.

Sobre a estratégia que trouxe para a final deste domingo, Salkova contou que «tento sempre jogar um ténis agressivo e fazer o máximo de winners possível, mas depende sempre da adversária e hoje o meu objetivo era misturar muito as minhas pancadas e acho que resultou».

Dominika Salkova despediu-se do Loulé Ladies Open by Cimpor com a 10.ª vitória consecutiva e o segundo título em três semanas, pois chegara ao Algarve com o troféu de campeã do W25 de Sevilha (em terra batida) na bagagem.

Este foi o terceiro título do ano para a checa, que uma vez contabilizados os pontos ganhos ficará às portas do top 250 e, por isso, muito bem encaminhada para garantir a participação no qualifying do Australian Open.

Esse objetivo também será uma realidade cada vez mais palpável para Silvia Ambrosio, pois apesar de ter falhado a conquista da segunda taça do ano e quarta da carreira também atingirá um novo máximo no ranking WTA, já dentro do top 250.

 



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