«De braços abertos», com concertos por toda a região e «um redobrado entusiasmo, semana após semana». É assim que a Orquestra do Algarve encara a programação 2023-2024, apresentada, pela primeira vez, por completo. Um dos destaques acontecerá em Maio, com um concerto comemorativo dos 200 anos da 9ª Sinfonia de Beethoven.
A apresentação da programação aconteceu ao final da tarde desta quarta-feira, 13 de Setembro, no rooftop (terraço) do Hotel EVA, em Faro.
Em declarações ao Sul Informação, Martim Sousa Tavares, maestro da Orquestra do Algarve, considerou que esse concerto da 9º Sinfonia de Beethoven, que contará com mais de 90 artistas em palco, entre músicos, solistas e coralistas, é mesmo o grande destaque da programação.
«A 9ª Sinfonia de Beethoven é um marco incontornável e, também, uma afirmação de ambição desta orquestra, porque é um projeto difícil de montar, mas muito recompensador. Portanto, é daquelas coisas imperdíveis», disse.
«Eu acho que toda a gente deve ver uma 9ª de Beethoven uma vez na vida. E acho que toda a gente tem essa curiosidade, portanto esse concerto será, sem dúvida, um dos mais procurados», acrescentou.
O concerto passará por Faro (dia 10) e por outras duas localidades, a 11 e 12, que ainda não estão confirmadas.
Mas a programação tem muito mais para oferecer, como os concertos de Natal, nos quais poderá escutar a obra “Magnificat” de J.S. Bach, com a presença do Coro Comunitário da Orquestra do Algarve e de cantores solistas.
A direção será do maestro Jan Wierzba e haverá concertos nos dias 21 de Dezembro (local ainda a definir), 22 (Lagos) e 23 (Tavira).
Outro dos destaques é o concerto do maestro e pianista Dinis Sousa, diretor da Royal Northern Sinfonia e da Orquestra XXI. Haverá duas sessões: dia 26 de Janeiro, em local ainda a confirmar e, no dia seguinte, em Lagoa.
Antes, já terá acontecido o tradicional concerto de Ano Novo, um habituée da Orquestra do Algarve: dia 1 em Loulé, 5 em Portimão e 6 em Faro.
Já em Maio, decorrerá o concerto com o maestro Nuno Coelho, que se estreará no Algarve, e o pianista Pedro Costa (17, local ainda a definir, e 18, em Lagos).
Para Martim Sousa Tavares, há, nesta programação, uma «riqueza de maestros, de solistas, de repertórios e de coisas novas».
«Eu acho que são poucos, ou nenhuns, os concertos que não se pautam por esta diversidade. E portanto, qualquer página que se abra deste documento [programação] trará qualquer coisa que estimula a curiosidade de quem gosta de música», considerou, em declarações ao nosso jornal.
De resto, esta é uma programação «de braços abertos» para com a região. «Temos iniciativas nas escolas, programação familiar, até música de câmara em sítios menos evidentes», reforçou o maestro.
Conceber este alinhamento de concertos não foi «difícil», segundo Martim Sousa Tavares, porque foi feito com «muito entusiasmo».
«Às vezes, o difícil foi quase deixar algumas coisas de fora. A temporada seguinte 2024/2025 também já está quase toda desenhada. Portanto, às vezes é um bocadinho fazer um tetris do que é que ficam bem com o que, conjugar disponibilidade. Claro que certas coisas que queríamos, não vão estar disponíveis este ano, serão do ano seguinte», disse.
O facto de, pela primeira vez, a Orquestra do Algarve apresentar a programação completa é também uma «afirmação da força» desta entidade.
«É uma afirmação também da relevância artística que tem esta instituição. Está há mais de 20 anos no Algarve a fazer serviço público e agora dá um salto para captar a atenção de outras pessoas porque, quem se interessar por certos repertórios, só os encontra aqui», concluiu.
A programação completa pode ser consultada aqui.
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